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Inflação deve ser menor em abril, prevê FGV

Por Agencia Estado
Atualização:

A queda do dólar neste mês deverá desacelerar a alta dos preços no atacado e levar o IGP-DI de abril a uma variação inferior à de março (1,66%), segundo estimativa do economista Salomão Quadros, da Fundação Getúlio Vargas. "A queda do dólar deve abrir caminho para diminuir a resistência à queda da inflação". Em março, a alta da taxa foi puxada especialmente pelo IPA, que aumentou 1,93% contra 1,71% em fevereiro. Para Quadros, o aumento foi provocado por uma inércia inflacionária, ou seja, ainda por pressões anteriores da alta do dólar. O economista não espera uma queda significativa nos preços ao consumidor. Ele cita que os preços da alimentação no IPC estão "estacionados", com alta de 1,92% em março, ante 2,03% em abril. As maiores altas ao consumidor foram registradas no tomate (34,81%, por problemas na lavoura), taxa de água e esgoto (4,49%), ônibus urbano (1,18%) e telefone residencial (1,19%). A alta no núcleo do IPC-DI (que exclui as 20% maiores e menores variações de preços ao consumidor no IGP-DI) em março mostra que a inflação para o consumidor "está mais espalhada, presente em vários setores e portanto mais difícil de ser revertida", segundo o economista.

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