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'Inflação do aluguel' acumula alta de 6,65% em 12 meses, diz FGV

IGP-M acelerou a alta a 0,64% em janeiro, após avançar 0,54% no mês anterior; índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis

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Por Thaís Barcellos (Broadcast)
Atualização:
Preços do grupo Habitaçãoavançaram 0,10%depois de um recuo de 0,62% Foto: Dida Sampaio/Estadão

SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 0,64% em janeiro, após avançar 0,54% no mês anterior, diante da maior pressão dos preços ao consumidor. O índice acumula alta de 6,65% em 12 meses. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.

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O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, entre elevação de 0,60% a 0,82%, e abaixo da mediana de 0,72%. 

Com peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou a alta a 0,64% em janeiro, sobre 0,20% antes. A principal contribuição para o resultado veio do grupo habitação, cujos preços avançaram 0,10% depois de um recuo de 0,62% no mês anterior, pressionado principalmente pela tarifa de eletricidade residencial.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 0,70% no primeiro mês deste ano, contra 0,69% em dezembro.

Os preços dos produtos agropecuários no atacado caíram 1,99% em janeiro após registrarem queda de 1,39% em dezembro. Já os preços de produtos industriais aceleraram para 1,73% ante elevação de 1,52% na leitura do mês anterior.

Os preços dos bens intermediários subiram 1,05% em janeiro ante alta de 0,53% em dezembro, com destaque para o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção. Já a variação dos bens finais foi positiva em 0,18% após deflação de 0,26% na mesma base de comparação. Os preços das matérias-primas brutas subiram 0,91% ante avanço de 1,96% também no mesmo intervalo de tempo.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a alta a 0,29% em janeiro, depois de ter subido 0,36% em dezembro.

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Principais influências. De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de alta no IPA de janeiro estão minério de ferro (mesmo com a desaceleração de 17,53% para 13,08%), óleo diesel (-2,21% para 7,62%), cana-de-açúcar (apesar de a taxa ter arrefecido de 2,14% para 1,95%), gasolina automotiva (2,05% para 3,89%) e carne bovina (-1,82% para 1,30%). 

Já na lista de maiores influências de baixa estão soja em grão (0,38% para -4,20%), milho em grão (a despeito da redução na deflação de -6,17% para -4,30%), farelo de soja (-2,07% para -5,93%), feijão em grão (-6,23% para -13,98%) e aves (-0,76% para -3,73%)./COM REUTERS

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