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Inflação é destaque isolado entre indicadores da semana

Por FLAVIO LEONEL E FRANCISCO CARLOS DE ASSIS
Atualização:

A agenda doméstica da próxima semana reserva uma quantidade reduzida de divulgações relacionadas ao cenário macroeconômico. Depois de um período repleto de anúncios importantes e de grande impacto, como do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007 e da ata da reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), a nova semana abriga, em sua maioria, indicadores de inflação e ainda conta com o feriado da Sexta-feira Santa para esvaziá-la. Na segunda-feira (17), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará dois indicadores: o IGP-10 de março e o IPC-S da segunda quadrissemana do mesmo mês. Para o primeiro, que subiu 0,80% em fevereiro, as expectativas são de uma continuidade na tendência de desaceleração, que vem sendo mostrada pelos IGPs em 2008, por conta, especialmente, dos menores preços dos itens agropecuários do atacado. Quanto ao segundo, os especialistas prevêem uma taxa sem maiores sustos, girando em torno do que foi observado no primeiro levantamento do mês, quando avançou 0,11% ante variação zero de fevereiro, com os grupos Alimentação e Habitação exercendo uma briga de forças, para baixo e para cima, respectivamente. Na terça-feira (18), não há divulgação prevista e, na quarta-feira (19) a FGV anuncia a segunda prévia do IGP-M de março. Em fevereiro, o indicador subiu 0,53%, após apresentar alta de 0,42% no primeiro decêndio e variação de 0,46% na segunda prévia. No primeiro decêndio de março, variou 0,34% e também teve como destaque a alta cada vez menor dos preços agrícolas do atacado. Também na quarta-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentará o IPC da segunda quadrissemana de março. O indicador paulistano, que avançou 0,22% na primeira medição do mês ante alta de 0,19% de fevereiro, tende a mostrar como agentes principais os grupos Habitação, Transportes e Alimentação. Enquanto os dois primeiros devem manter a tendência de alta, há uma indefinição em relação aos alimentos, que reduziram a deflação, de 0,15% para 0,10%, na primeira quadrissemana. Vale lembrar que, na segunda-feira, o mercado financeiro aguarda as tradicionais divulgações da pesquisa Focus do Banco Central, a partir das 8h30, e do resultado parcial de março da balança comercial brasileira, a partir das 11 horas, quando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostrará o desempenho referente à segunda semana do mês. Para o levantamento do BC, a expectativa é saber se as medianas, principalmente, em relação ao IPCA, continuarão encostando na meta central de inflação, de 4,50%. Quanto à balança, o mercado financeiro estará atento para saber se o déficit de US$ 159 milhões da primeira parcial é algo pontual ou uma tendência para o mês.

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