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Inflação em São Paulo tem alta de 1,46% no ano e de 3,97% em 12 meses

Em fevereiro, IPC-Fipe avançou 0,52%, taxa superior à mediana projetada por analistas 

Por Maria Regina Silva e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - A inflação na cidade de São Paulo, que fechou fevereiro em 0,52%, acumula alta de 1,46% este ano, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No acumulado em 12 meses até fevereiro, a elevação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é de 3,97%.

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O resultado do mês passado, de 0,52%, ficou acima da mediana de 0,50% obtida das estimativas da pesquisa do AE Projeções, da Agência Estado, mas ficou dentro do intervalo das expectativas (de 0,44% a 0,54%).

A taxa informada também é superior ao esperado pelo coordenador do IPC, Rafael Costa Lima.

A inflação no grupo Educação apresentou o maior recuo entre janeiro e fevereiro, registrando alta de 0,41% na última semana de fevereiro, de 6,95% em janeiro e de 2,20% na terceira semana do mês passado. Despesas Pessoais também chamou atenção, recuando para alta de 0,83% no fim de fevereiro, de 1,96% em janeiro e de 1,32% na terceira leitura do mês.

Seca. Os alimentos in natura tiveram alta expressiva ao longo de fevereiro na cidade de São Paulo, refletindo a estiagem prolongada. Levantamento da Fipe mostra que os produtos in natura encerraram o mês passado com elevação de 7,21%. Trata-se da maior alta desde janeiro de 2013, quando o aumento fora de 8,25%. A taxa de 7,21% é muito superior ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que apura a inflação na capital paulista e atingiu 0,52%.

As verduras foram o vilão na passagem de janeiro para fevereiro. De um mês para o outro, as verduras aceleraram o avanço de 7,70% para uma alta significativa de 23,41%. O aumento foi puxado especialmente pela alface, que registrou elevação de 28,43% (de 13,06% antes). A inflação desses alimentos in natura vem se ressentindo do clima mais seco, como avaliou na semana passada o coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima.

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Os preços dos legumes também ficaram mais salgados em fevereiro - subiram 9,34%. O destaque foi o chuchu, que teve aumento representativo de 48,38% no mês passado. As frutas também avançaram (4,98%), influenciadas principalmente pelo encarecimento da melancia (23,95%). Já a queda da batata, de 2,87% em fevereiro, permitiu à classe de tubérculos registrar deflação, de 0,82%.

A alta dos alimentos in natura no mês passado impulsionou o grupo Alimentação entre a terceira quadrissemana (últimos 30 dias terminados em 21 de fevereiro) e o fechamento de fevereiro. Entre uma pesquisa e outra, o grupo passou de 0,27% para 0,51%. A variação registrada no final do mês passado, no entanto, é inferior à de 0,70% apurada em janeiro.

Ao contrário dos produtos in natura, os alimentos industrializados e semielaborados podem ter limitado um avanço maior do grupo Alimentação. O primeiro subgrupo teve deflação de 0,17% no fechamento de fevereiro, depois de aumento de 0,52%. Os industrializados contaram com a ajuda dos preços mais elevados dos derivados do leite, que tiveram baixa de 0,19%. Já os semielaborados aceleraram o ritmo de queda entre janeiro e fevereiro, de 0,52% para 1,89%, com destaque para as carnes. A carne bovina cedeu 0,32%; a suína caiu 0,51%; e a de frango teve recuo de 5,13%.

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