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Inflação em SP foi maior para mais ricos em outubro

Por Flavio Leonel
Atualização:

A taxa de inflação para a população de maior poder aquisitivo foi mais alta que a verificada entre a população de menor renda em São Paulo. Conforme levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice do Custo de Vida (ICV) variou, em média, 0,53% na cidade. Já o indicador específico para os mais ricos registrou taxa de 0,60%, enquanto o índice dos mais pobres variou 0,37% no mês passado.Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, segundo os estratos de renda das famílias da capital paulista. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49). O segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).No primeiro grupo, o ICV de outubro foi 0,06 ponto porcentual superior à variação de 0,31% de setembro. No terceiro, de maior renda, a taxa de inflação foi 0,33 ponto mais elevada que a do mês anterior, de 0,27%. No grupo intermediário, o ICV passou de 0,26% para 0,47%.De acordo com o Dieese, os aumentos apurados no grupo Transporte apresentaram "correlação positiva" com o poder aquisitivo das famílias. Dessa forma, as famílias de menor rendimento foram menos afetadas no cálculo de inflação, que tiveram a contribuição de 0,08 porcentual do grupo Transporte. Em compensação, para as famílias pertencentes ao segundo estrato, o impacto foi de 0,21 ponto porcentual e, entre as mais ricas, chegou a 0,30 ponto porcentual. Segundo o Dieese, as famílias mais ricas tendem a ser mais prejudicadas pelo aumento dos combustíveis.

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