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Inflação em SP sobe e atinge patamar mais alto desde janeiro

Os preços de alimentação (de 1,04% para 1,40%) e habitação (de 0,01% para 0,29%) puxaram a inflação em São Paulo na primeira semana de setembro

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação em São Paulo subiu e atingiu o patamar mais alto desde o final de janeiro deste ano. De acordo com apuração da Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) até 7 de setembro ficou em 0,48%. No final de janeiro, na semana terminada no dia 31, a inflação subiu 0,51% na cidade. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, os preços de alimentação (de 1,04% para 1,40%) e habitação (de 0,01% para 0,29%) puxaram a inflação em São Paulo no início de setembro. "No caso de alimentação, o setor foi pressionado por fatores sazonais (específicos de determinadas épocas do ano)", afirmou o economista, citando como exemplo a alta mais intensa de preços em carnes bovinas (de 2,73% para 4,64%). Já a elevação mais expressiva de preços em habitação foi influenciada pelo aumento na taxa de água e esgoto residencial (de 0,22% para 1,72%). Perspectivas Para o economista, a inflação em São Paulo vai continuar acelerando, no próximo resultado do IPC-S, que será referente à quadrissemana encerrada em 15 de setembro. Isso porque o reajuste na taxa de água e esgoto, realizado no início do mês, ainda não foi completamente captado pelo indicador, e deve continuar a pressionar para cima os preços de habitação - grupo de maior peso na formação do IPC-S. Demais capitais Das sete cidades pesquisadas pela FGV, quatro registraram aceleração ou deflação mais fraca de preços, na passagem do IPC-S de até 31 de agosto para o indicador de até 7 de setembro. Além de São Paulo, é o caso de Porto Alegre (de 0,17% para 0,39%); Rio de Janeiro (de 0,18% para 0,36%) e Salvador (de -0,28% para -0,02%). No Rio de Janeiro, trata-se do maior resultado desde o IPC-S de até 7 de maio deste ano (0,42%). Ainda de acordo com Braz, a inflação no Rio foi puxada para cima pelo fim da deflação nos preços de Vestuário (de -1,75% para 0,67%) e pela elevação mais intensa de preços em alimentação (de 0,61% para 0,83%), na passagem do IPC-S de até 31 de agosto para o indicador de até 7 de setembro. As outras capitais registraram desaceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Belo Horizonte (de 0,57% para 0,45%) e Brasília (de 0,38% para 0,16%). As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro representam 60% do total do indicador.

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