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Inflação em SP subiu mais para os pobres, diz Dieese

Por Agencia Estado
Atualização:

As famílias com menor renda da cidade de São Paulo, até R$ 377,49/mês, foram as mais prejudicadas com o aumento da inflação no último ano (de fevereiro de 2001 a janeiro de 2002), com um Índice do Custo de Vida (ICV) de 11,32%, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Na média, o ICV do período foi de 9,67% para todo o município. "Os aumentos foram mais acentuados nos serviços públicos, como transporte coletivo, energia, telecomunicações, saneamento básico, entre outros", disse a supervisora da pesquisa de preços do ICV, Cornélia Nogueira Porto. "As famílias mais pobres não têm muito por onde cortar esses serviços e são atingidas em cheio pelos reajustes". Cornélia preferiu não fazer projeções para o fechamento do ICV do Dieese no fechamento de 2001. "Acho que o governo deveria cuidar melhor dos preços administrados, como energia elétrica e telecomunicações", estimou. Pelos seus cálculos, se os aumentos médios ficarem em 10%, considerando-se também as elevações dos preços dos remédios, o ICV já aponta para uma inflação de 2,3%. "Os preços administrados têm peso de 23% na composição do ICV. Se houver uma alta média de 10%, teremos de cara uma inflação de 2,3%. A meta do Banco Central é de 3,5% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Acho que é bom tomar cuidado", disse.

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