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Inflação medida pelo IGP-DI desacelera em julho

Conforme divulgou a FGV, a taxa passou de 0,67% para 0,17% - resultado dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou de julho para junho. Conforme divulgou nesta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas, a taxa passou de 0,67% para 0,17% - resultado dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam algo entre 0,06% e 0,24%, porém, acima da mediana das expectativas (0,16%). Até julho, o IGP-DI acumula altas de 1,45% no ano e de 1,56% em 12 meses. O período de coleta de preços foi do dia 1º a 31 do mês passado. O indicador é composto por três outras taxas: o Índice de Preço no Atacado (IPA-DI), que representa 60% do total, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), com 30%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), com 10%. Segundo a FGV, um dos principais responsáveis pela desaceleração geral foram os preços do atacado, que passaram de alta de 1,06% para 0,17%. No varejo a tendência foi contrária: de -0,40% para 0,06%. Os custos da construção também desaceleraram na passagem entre os dois meses, de 0,90% para 0,47%. Atacado Até julho, o IPA-DI acumula elevações de 1,39% e de 0,95% em 12 meses. Segundo a FGV, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam quedas de 2,40% no ano e de 5,95% em 12 meses até julho. Já os preços dos produtos industriais têm elevações acumuladas de 2,59% no ano e de 3,23% em 12 meses até julho. A FGV informou ainda que, por produtos, as altas de preço mais expressivas no atacado foram registradas em arroz em casca (14,01%); minério de ferro (8,34%) e bovinos (2,31%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em aves (-7,58%); zinco em formas primárias (-14,64%) e óleos combustíveis (-1,50%). Varejo No varejo, o IPC-DI acumula elevações de 0,68% e de 1,79% em 12 meses até julho. Segundo a FGV, o fim da deflação na taxa de junho para julho foi impulsionada por elevações de preços, no mesmo período, nos grupos Alimentação (de -1,68% para 0,14%); e Transportes (de -0,49% para 0,13%). Dos sete grupos que compõem o indicador, quatro registraram término de deflação, no mesmo período. Além dos dois já citados, é o caso de Educação, Leitura e Recreação (de -0,28% para 0,36%); e Despesas Diversas (de -0,09% para 0,05%). Os outros grupos registraram desaceleração ou queda de preços: Habitação (de 0,20% para -0,15%); Vestuário (de 0,25% para 0,05%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,51% para 0,15%). Por produtos, as mais expressivas altas foram registradas em mamão da amazônia - papaya (48,93%); manga (22,23%); e plano e seguro saúde (0,71%). Já as maiores quedas ficaram a cargo do tomate (-18,32%); tarifa de eletricidade residencial (-0,52%); e batata-inglesa (-4,19%).

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