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Inflação medida pelo IGP-M desacelera

Segundo a FGV, a taxa subiu 0,16% na segunda prévia de julho, ante aumento de 0,56% no mesmo levantamento de junho

Por Agencia Estado
Atualização:

A segunda prévia da inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de julho subiu 0,16%, ante elevação de 0,56% em junho - representando uma desaceleração. A taxa, anunciada nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,19% a 0,40%, e abaixo da mediana das expectativas (0,32%). O indicador é composto por três taxas: O Índice de Preços do Atacado (IPA), com 60% do total, que teve alta de 0,21% ante aumento de 0,74% na segunda prévia de junho; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com 30%, que teve queda de 0,13%; e o Índice Nacional da Construção (INCC), com 10%, que subiu 0,59%, ante aumento de 1,81% no mesmo levantamento do ano passado. No ano, o indicador acumula elevação de 1,57% no ano, e de 1,37% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da segunda prévia do IGP-M de julho foi do dia 21 de junho a 10 de julho. Atacado Até a segunda prévia do IGP-M de julho, o IPA acumula elevações de preços de 1,54% e de 0,72% em 12 meses. Na segunda prévia de julho, os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 0,34% ante elevação de 0,59% na segunda prévia do indicador de junho. De acordo com a FGV, os preços dos produtos industriais tiveram alta de 0,16%, ante aumento de 0,78% no mesmo levantamento do mês anterior. Segundo a FGV, as altas de preço mais expressivas foram registradas nos preços de arroz em casca (17,09%); milho em grão (2,64%); e ferro gusa para fundição (6,56%). As maiores quedas ficaram a cardo da mandioca - aipim (-11,26%); tomate (- 25,73%) e óleos combustíveis (-1,98%). Varejo Até este levantamento, no varejo, o IPC acumula elevações de 0,75% no ano e de 1,68% em 12 meses. Segundo explicou a fundação, essa queda na deflação de -0,38% para -0,13%) foi influenciada por quedas menos intensas, no mesmo período, nos preços de Alimentação (de -1,76% para -0,66%) e Transportes (de -0,55% para -0,28%). Dos sete grupos que compõem o IPC, cinco registraram aceleração ou queda mais fraca de preços. Além dos dois já citados, é o caso de Vestuário (de 0,63% para 0,78%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,26% para -0,14%) e Despesas Diversas (de -0,05% para 0,06%). Os outros dois grupos registraram desaceleração de preços, no mesmo período, como Habitação (de 0,27% para 0,05%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 0,32%). Por produtos, as altas de preço mais expressivas no varejo foram registradas nos preços de plano e seguro saúde (1,44%); mamão da amazônia - papaya (10,68%) e gás de botijão (0,80%). As maiores quedas ficaram com tomate (-23,76%); gasolina (-0,60%) e show musical (-5,66%).

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