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Inflação medida pelo IGP-M deve cair mais em abril, prevê FGV

Segundo a fundação, em abril do ano passado o índice ficou em 0,86%, portanto, qualquer variação abaixo dessa no mês que vem garante um acumulado menor

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice de Preços do Mercado (IGP-M) acumulado em 12 meses, que ficou no mínimo histórico de 0,36% até este mês, deve cair ainda mais em abril, previu, nesta quinta-feira, o economista Salomão Quadros, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O motivo é que em abril do ano passado o índice ficou em 0,86%, portanto, qualquer variação abaixo dessa no mês que vem garante um acumulado em 12 meses ainda menor que os 0,36% do período até março. A variação do IGP-M acumulado em 12 meses é importante porque existem contratos anuais reajustados pelo índice. Quadros lembrou que, nesse caso, não há realimentação do ritmo dos preços pela indexação de contratos à inflação passada, que está baixa. O índice acumulado, porém, deve subir ainda a partir do segundo trimestre, segundo o economista. O motivo é que de maio a setembro de 2005 o IGP-M registrou deflações e em alguns meses com porcentuais negativos relativamente grandes, como a queda de 0,44% de junho. "Mesmo que o IGP-M continue em deflação (ficou em - 0,23% este mês), se a deflação não for maior que a do mesmo mês do ano passado, o acumulado em 12 meses sobe", afirmou. Destaques Segundo informou nesta quinta-feira a FGV, os principais destaques dos preços do atacado que compõem IGP-M foram os alimentos in natura e os combustíveis. A soja, que caiu 7,18%; o milho, com retração de 7,54%; e o café, com baixa de 6,49%, puxaram o indicador para baixo. A pressão para cima ficou a cargo do álcool hidratado, que ficou 5,95% mais caro; o feijão em grão, com alta de 10,5%; e a cana-de-açúcar, com 2,37%. No varejo, novamente o álcool, que ficou 11,42% mais caro, pressionou os preços para cima, seguido do açúcar refinado, com 8,10%; e da gasolina, com 2%. Ainda no varejo, ofereceram pressão negativa sobre os preços a batata-inglesa, com queda de 9,29%; a maçã nacional, com -18,02% e frango em pedaços, com -4,88%.

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