Publicidade

Inflação medida pelo IPC-S recua 0,01% na semana

Taxa recuou graças a Transporte e Vestuário, mas seria reduzido à metade não fosse a pressão dos aumentos nas mensalidades escolares e alimentos in natura

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de até 22 de janeiro subiu 0,82%, ante alta de 0,83% apurada no indicador anterior, de até 15 de janeiro, segundo informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Puxada principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou desaceleração de 1,98% para 1,30%, e por Vestuário (-0,71%), a taxa ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,77% a 0,92%, e acima da mediana das expectativas (0,81%). Contudo, o índice seria reduzido pela metade, não fosse o impacto dos aumentos nos preços das mensalidades escolares e alimentos in natura. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, o IPC-S teria subido 0,43%, e não 0,82%, se fossem excluídas essas duas influências, tidas como "passageiras" pelo técnico. "O que está pressionando mesmo o índice são essas influências sazonais. São pressões passageiras que já em fevereiro devem exercer pressão menor", afirmou. De acordo com o economista, entre os dias 15 e 22 de janeiro, a alta dos preços dos alimentos in natura passou de 4,21% para 6,28%. Por sua vez, o reajuste nos preços dos cursos formais saltou de 1,98% para 3,29%. Braz informou que, no caso dos preços dos alimentos in natura, a alta foi provocada pela menor oferta dos produtos no mercado interno, devido às chuvas, que prejudicaram a produção e, por conseqüência, elevaram os preços. Já no caso de cursos formais, o primeiro mês do ano é conhecido por ser de reajustes nas mensalidades escolares. Todos os principais cursos formais estão com os preços em aceleração. É o caso de ensino fundamental (de 2,49% para 3,75%); ensino médio (de 2,49% para 3,42%); ensino infantil (de 2,06% para 3,10%); ensino superior (de 1,49% para 3%) e creche (de 1,69% para 5,33%). O IPC-S teria subido mais, não fosse a influência benéfica da queda nos preços de Vestuário e a desaceleração nos preços de Transporte, que ajudaram a "segurar" a alta do indicador, de acordo com Braz. Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, quatro registraram desaceleração ou deflação de preços, na passagem do IPC-S de até 15 de janeiro para o índice de até 22 de janeiro. Além de Transportes e Vestuário, é o caso de Habitação (de 0,26% para 0,23%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,57%). Os outros três grupos registraram aceleração de preços no período, como Alimentação (de 1,23% para 1,52%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,98% para 1,65%) e Despesas Diversas (de 0,09% para 0,32%). Na análise da movimentação de preços por produtos, a FGV esclareceu que as altas mais expressivas foram registradas em tarifa de ônibus urbano (2,44%); tomate (24,49%); e curso de ensino superior (3%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em passagem aérea (-13,93%); limão (-29,66%) e seguro facultativo para veículo (-2,77%). Matéria alterada às para acréscimo de informação

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.