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Inflação no Reino Unido cai e aumenta esperança de recuperação

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Por Redação
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A inflação britânica caiu em fevereiro para o menor nível em mais de um ano, mostraram dados oficiais divulgados nesta terça-feira, mantendo viva a esperança de que um alívio na inflação permitirá que os pressionados consumidores aumentem os gastos neste ano e impulsionem a economia. No entanto, a queda no principal indicador de inflação para 3,4 por cento, contra 3,6 por cento em janeiro, foi ligeiramente menor do que os economistas tinham previsto, destacando o risco de que as pressões inflacionárias não vão desaparecer tão rapidamente como o banco central e o governo esperavam. A libra esterlina atingiu a máxima da sessão ante o euro, enquanto os gilts (títulos do governo britânico) caíram com os dados, na medida em que o lento declínio da inflação somou-se à visão de que o Banco da Inglaterra estará relutante em aprovar mais compras de ativos, uma vez que o programa atual termina em maio. O ministro das Finanças, George Osborne, pretende dar algum alívio para a população de baixa e média renda quando apresentar o seu orçamento anual na quarta-feira, apesar de suas atuais ações para apagar o enorme déficit orçamentário da Grã Bretanha. A queda da inflação é, portanto, vista como crucial para que a frágil recuperação econômica acelere. O Escritório Nacional de Estatísticas disse que uma queda nos preços de habitação, eletricidade, lazer e cultura empurrou a inflação global para baixo, enquanto um aumento recorde nos preços das bebidas alcoólicas foi o que mais contribuiu para o aumento do custo de vida. Os economistas esperavam uma queda na inflação para 3,3 por cento, estendendo um declínio que vem desde o pico de três anos atingido em setembro, de 5,2 por cento. "O recente aumento dos preços do petróleo não impediu a inflação do Reino Unido de dar mais um passo para baixo em fevereiro, embora o ritmo tenha desacelerado um pouco", disse a analista do Capital Economics Vicky Redwood. A inflação pode até subir novamente por um breve período, devido aos altos preços da gasolina e ao risco de aumento dos custos dos alimentos. "No entanto, esses fatores devem apenas retardar a velocidade com que a inflação cai, em vez de impedir que ela recue totalmente", disse a analista. Em um sinal de que as pressões inflacionárias subjacentes também estão desaparecendo, o núcleo da inflação -que exclui componentes voláteis como alimentos e energia- caiu para 2,4 por cento, o menor nível desde novembro de 2009. (Reportagem de Sven Egenter e Olesya Dmitracova)

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