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Inflação no Rio medida pelo IPC fecha junho em 0,02%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice de Preços ao Consumidor da cidade do Rio de Janeiro (IPC-RJ) fechou o mês de junho em 0,02%, ante 0,75% em maio. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a instituição, o recuo de preços em Alimentação (alta de 0,89% para queda de 1,23%) de maio para junho levou à menor inflação em junho. Dos sete grupos que compõem o indicador, seis apresentaram desaceleração de preços, de maio para junho. Além do já citado Alimentação, é o caso de Habitação (de 0,43% para 0,32%); Vestuário (de 1,91% para 1,38%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,05% para 0,36%); Transportes (de 1,18% para 0,52%) e Despesas Diversas (de 0,73% para 0,31%). O único grupo a apresentar recuo de preços de maio para junho foi Educação, Leitura e Recreação (de queda de 0,01% para alta de 0,51%). Por produtos, as altas de preços mais significativas em junho foram apuradas em mamão da amazônia (24,54%); empregada doméstica mensalista (3,03%) e plano e seguro saúde (0,93%). Já as mais expressivas quedas de preço foram observadas em batata inglesa (-30,81%), tomate (-19,37%); e cenoura (-31,41%). No ano, o IPC-RJ acumula alta de 3,60% até junho. Em 12 meses até junho, o indicador registra elevação de 6,69%. O IPC-RJ é calculado com base na estrutura de despesas de famílias com renda entre 1 a 33 salários mínimos. O IPC-RJ de junho, que ficou em 0,02%, foi o menor resultado nesse tipo de indicador desde setembro de 2004, quando o IPC-RJ teve deflação de 0,03%. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. Segundo ele, o recuo de preços em Hortaliças e Legumes (alta de 9,28% para queda de 13,86%) foi fundamental para a inflação menor em junho. Braz explica que a queda de preços em hortaliças levou à deflação de preços no grupo Alimentação (alta de 0,89% para queda de 1,23%), que comandou o recuo na taxa do IPC-RJ. "Se fosse excluída a queda de preços em hortaliças, os preços no grupo Alimentação teriam subido 0,39% em junho", afirmou Braz. O técnico comentou ainda que a menor pressão de reajustes em preços administrados também contribuiu para puxar para baixo a taxa do indicador em junho. Isso levou às desacelerações de preços em Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,05% para 0,36%) e Transportes (de 1,18% para 0,52%) que também contribuíram de forma significativa para a taxa menor do IPC-RJ. Para julho, o IPC-RJ não deve apresentar taxa tão baixa, na avaliação de Braz. "O IPC-RJ no mês passado foi muito pressionado por preços administrados como tarifa de ônibus urbano", lembrou ele, considerando que essa pressão diminuiu em junho. O técnico comentou ainda que, em julho, a inflação sofrerá impacto de reajuste de um preço administrado de peso: telefonia fixa. Isso elevará os preços do grupo Habitação, em julho, sendo que este grupo é o de maior peso na composição do IPC-RJ. Braz considerou que a inflação de julho na cidade do Rio vai depender basicamente do comportamento dos preços de dois grupos: Habitação e Alimentação. "Os preços de Habitação vão subir com certeza por causa de telefonia. Mas é impossível prever Alimentação. O comportamento dos preços de Hortaliças e Legumes é imprevisível", disse.

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