Publicidade

Inflação no varejo bate recorde em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação do comércio em São Paulo voltou a registrar novo recorde na terceira quadrissemana de junho. O Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), avançou 1,73% no período, ante 1,68% da quadrissemana anterior. O nível mais alto ainda é o da primeira quadrissemana de junho do ano passado, de 1,79%. No acumulado de 2004, o IPV apresenta ganho de 5,05% e, em 12 meses, de 6,47%. Mais uma vez foi a elevação dos preços detectada no grupo Semiduráveis (3,33%) que liderou a inflação no comércio da capital paulista no período. Além da força do segmento Vestuário (4,01%), contribuíram também com a subida do IPV os setores de Tecidos (1,92%) e Calçados (1,84%), que estavam mais enfraquecidos na semana anterior ( -0,15% e 0,54%, respectivamente). "Estas elevações estão dentro do contexto da sazonalidade. Na realidade, foi Vestuário que se antecipou com a chegada antecipada do frio", avaliou o assessor do departamento da Fecomercio, Oiram Corrêa. Apesar da elevação recente dos preços das roupas, o segmento Vestuário ainda registra uma deflação de 6,16% em 12 meses. No ano, no entanto, acumula alta de 5,65%. O único grupo a apresentar deflação foi Duráveis (-0,65%), com queda dos preços identificada tanto em Eletrodomésticos (-0,84%) quanto em Móveis e Decorações (-0,26%). Segundo Oiram Corrêa, a produção em escala da indústria justifica a redução dos preços, repassado pelo comércio ao consumidor final, apesar do leve aquecimento da demanda por itens de Duráveis. Perspectivas Oiram Corrêa acredita que a próxima quadrissemana do IPV apresente uma variação próxima ao resultado de hoje. "Um pouco acima ou abaixo, não importa. Deveremos ter algo em torno disso sem chegarmos a 2%", previu. Para ele, se há de se esperar alguma elevação, ela continuará a vir do setor de Semiduráveis e Não-Duráveis.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.