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Inflação no varejo em SP é a menor desde maio

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação medida pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) desacelerou para 0,93% na terceira quadrissemana de julho, segundo informou a instituição. Na quadrissemana anterior, o Índice de Preços no varejo (IPV) havia registrado alta de 1,12%. A variação apresentada hoje pela Fecomercio é a menor desde a terceira quadrissemana de maio, quando o IPV subiu 0,61%. A partir deste período, a chegada do frio começou a pressionar os preços de alguns alimentos e vestuário. Nos últimos levantamentos, o Índice vem mostrando porcentuais cada vez menores: em junho, o IPV encerrou com alta de 1,55%; na primeira quadrissemana deste mês, desacelerou para 1,27% e na segunda, para 1,12%. Agora, revelou variação de 0,93%. A tendência de recuo do IPV deve permanecer na avaliação do assessor econômico da Federação, Altamiro Carvalho. "Pode ser uma tendência, apesar de o IPV estar apresentando algumas pressões sazonais (referente a determinado período)", avaliou. Para ele, com o fim do inverno, o IPV deverá apresentar um padrão de alta inferior ao registrado nos últimos levantamentos. "Não há nenhum fator que possa mudar radicalmente o cenário", avaliou o economista. Forte alta para Móveis e queda para automóveis A alta registrada no segmento Móveis Decoração (4,88%) no período foi a que mais contribuiu para que o Índice apresentasse alta de 0,93%. No ano, este segmento acumula alta de 13,36% e, em 12 meses, de 19,22%. Na ponta para o consumidor, no entanto, a Fecomercio registrou deflação de 3% na semana passada em relação à semana imediatamente anterior. O grupo Comércio Automotivo foi o que mais contribuiu para a desaceleração do IPV nesta quadrissemana, com deflação de 2,48%. Neste grupo, os veículos novos registraram queda de 3,03%, enquanto o segmento de autopeças apresentou leve alta de 0,90%. Desde o começo de 2004, o grupo subiu 5,89%. O grupo Materiais de Construção também registrou deflação na terceira quadrissemana, de 0,55%, ante um recuo de 1,03% no levantamento anterior. "Depois da alta de commodities como aço e cobre, entre outros, os preços tendem a se ajustar", explicou Carvalho.

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