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Inflação para baixa renda acelera no 1º tri puxada por alimentos

Índice calculado pela FGV sobe 2,20% no período; em 12 meses, grupo Alimentação avança 10,83%

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

As famílias de baixa renda continuam sentindo mais fortemente os efeitos da inflação no País, que segue pressionada pelos alimentos. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos mensais (R$ 415 a R$ 1.037), e que subiu 2,20% no primeiro trimestre deste ano. O resultado ficou acima do apurado em igual trimestre do ano passado (2,09%), pelo mesmo índice, e foi superior ao apurado pelo IPC Brasil - que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos (R$ 415 e R$ 13.695), e terminou o período com alta de 1,43%. O índice foi divulgado nesta terça-feira, 15, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Veja também: Especial sobre a crise de alimentos  Líderes mundiais pedem urgência contra inflação de alimentosÁlcool brasileiro tem menos impacto em alimentos, diz Bird   Celso Ming explica a alta da inflação  Produção maior é saída contra inflação, diz Lula ONU pede medidas urgentes contra inflação de alimentos Entenda os principais índices de inflação  Ainda segundo a fundação, nos 12 meses encerrados em março de 2008, o IPC-C1 registrou variação de 5,99%. A instituição esclareceu, em comunicado, que nessa taxa acumulada, "a maior pressão de alta sobre o índice foi exercida pelo grupo Alimentação, que avançou 10,83%. Com esta elevação, o grupo respondeu por 69% da formação da taxa do IPC-C1 (acumulado em 12 meses)". Essa é a primeira divulgação do índice IPC-C1, que será anunciado trimestralmente pela instituição. No âmbito do novo índice, das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, cinco registraram acelerações de preços, ou deflação mais fraca, na passagem do primeiro trimestre do ano passado para igual trimestre deste ano. É o caso habitação (de 0,29% para 0,75%); vestuário (-4,34% para -1,37%); saúde e cuidados pessoais (de 0,77% para 0,96%); educação, leitura e recreação (de 1,58% para 2,86%); e despesas diversas (de 0,32% para 1,50%). Os outros dois grupos apresentaram desaceleração de preços, no mesmo período. É o caso de alimentação (de 4,70% para 4,25%) e transportes (de 3,08% para 1,63%).

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