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Inflação para idosos no 2º trimestre é a maior em cinco anos

Índice acelera para 2,65%, ante 1,37% no 1º tri; alimentos contribuem com mais da metade da alta do indicador

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa, ficou em 2,65% no segundo trimestre deste ano, em comparação com a elevação de 1,37% apurada no primeiro trimestre de 2008, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a instituição, esta foi a maior taxa trimestral desde março de 2003, quando o índice teve alta de 5,28%.   Veja também: Inflação assombra a América Latina, diz 'Economist' De olho na inflação, preço por preço  Entenda os principais índices  Entenda a crise dos alimentos      A inflação do idoso acelerou, em comparação com a apurada no primeiro trimestre deste ano, devido à elevação mais intensa de preços do grupo Alimentação, de 2,47% para 5,71%. "Com este acréscimo, a contribuição dos alimentos para o resultado do IPC-3i passou de 55% no primeiro trimestre anterior, para 66% no segundo", acrescentou a FGV. A inflação do segundo trimestre sentida pelos idosos também foi superior à apresentada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias, e ficou em 2,38% no mesmo período. Além do setor de alimentação, houve aumentos mais intensos de preços, ou fim de deflação, em mais quatro classes de despesa, das sete usadas para cálculo do índice, no mesmo período. É o caso de Habitação (de 0,84% para 0,95%); Vestuário (de -1,13% para 2,65%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,15% para 2,17%); e Transportes (de 0,13% para 0,65%). As outras duas classes de despesa restantes apresentaram desaceleração de preços: Educação, Leitura e Recreação (de 3,09% para 1,71%); e Despesas Diversas (de 1,08% para 0,62%).   Segundo a FGV, nos últimos 12 meses até o segundo trimestre de 2008, o índice da terceira idade registrou alta de 6,36%, enquanto a taxa do IPC-BR apresentou elevação de 5,96%. No ano até junho, o IPC-3i acumula alta de 4,05%, resultado superior ao apurado em igual período pelo IPC-BR, de 3,84%.   O IPC-3i representa o cenário de preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos com 60 anos ou mais de idade, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos (de R$ 415 a R$ 13.695). Produtos Entre os produtos, as altas mais expressivas no segundo trimestre deste ano, no âmbito do IPC-3i, foram registradas no pão francês (18,06%); na batata-inglesa (29,54%); e nas despesas com empregada doméstica mensalista (5,54%). Já as mais significativas quedas de preços foram apuradas em tarifa de eletricidade residencial (-2,66%); banana prata (-19,39%); e laranja pêra (-18,11%).

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