O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 0,35% em setembro, após cair 0,60% em agosto, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro, que esperavam um aumento entre 0,22% e 0,42%. Entre os três indicadores que compõem ao IGP-10, o Índice de Preços por Atacado - 10 (IPA-10) subiu 0,46% este mês, após apresentar taxa negativa de 1,04% em agosto. O Índice de Preços ao Consumidor - 10 (IPC-10) teve alta de 0,24% em setembro, depois de registrar avanço de 0,26% em agosto. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) apresentou taxa negativa de 0,11% em setembro, após alta de 0,22% em agosto.Até setembro, o IGP-10 acumula quedas de 1,79% no ano e de 0,27% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 foi do dia 11 de agosto a 10 de setembro.
IPA-10 acumula quedas de 4,29% no ano
Até setembro, o IPA-10 acumula quedas de 4,29% no ano e de 2,78% em 12 meses. De acordo com a FGV, os preços dos produtos agrícolas no atacado registram quedas de 1,70% no ano e de 2,21% em 12 meses até setembro. Já os preços dos produtos industriais no atacado acumulam taxas negativas de 5,21% no ano, e de 2,99% em 12 meses até este mês. No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais no atacado tiveram altas acumuladas de 0,44% em 2009 e de 0,85% em 12 meses, até setembro. Já os preços dos bens intermediários acumularam deflações de 7,47% no ano e de 6,24% em 12 meses. Por fim, os preços das matérias-primas brutas apresentaram taxas negativas de 5,34% no ano e de 2,25% em 12 meses, até setembro, no âmbito do IGP-10. A FGV informou ainda que, na análise dos preços por produtos, as altas mais expressivas no atacado, no IGP-10 de setembro, foram registradas em tomate (50,05%); açúcar cristal (8,75%); e óleo combustível (7,29%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram verificadas em bovinos (-1,97%); milho em grão (-4,06%); e leite industrializado (-8,41%).
Varejo
No varejo, o IPC-10 acumula altas de 3,67% no ano e de 4,94% em 12 meses até setembro. A taxa menor do IPC-10, de agosto para setembro (de 0,26% para 0,24%) foi fortemente influenciada por desaceleração e queda de preços respectivamente em Habitação (de 0,66% para 0,29%); e em Vestuário (de -0,05% para -0,80%). Na primeira classe de despesa, houve deflação no preço de eletricidade residencial (de 3,60% para -0,10%) e na segunda, intensificação na queda nos preços de roupas (de -0,11% para -1,17%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice, cinco apresentaram quedas ou desacelerações de preços, de agosto para setembro. Além das duas já citadas, é o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para -0,02%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,03% para -0,10%); e Transportes (de 0,31% para 0,11%)
Somente dois grupos apresentaram fim de deflação, no mesmo período. É o caso de Alimentação (de -0,02% para 0,62%); e de Despesas Diversas (de -0,01% para 0,22%).
Na análise por produtos, as altas de preço mais expressivas no varejo no IGP-10 de setembro foram registradas em tomate (41,43%); limão (168,81%); e mamão da Amazônia - papaya (24,40%). Já as mais significativas quedas de preço foram apuradas em leite tipo longa vida (-9,92%); batata-inglesa (-4,75%); e melancia (-14,41%).
Construção
Na construção civil, o INCC-10 acumula aumentos de 2,72% no ano e de 4,86% em 12 meses até setembro. De acordo com a FGV, o início da deflação registrado na taxa do INCC-10, de agosto para setembro (de 0,22% para -0,11%) foi influenciado por quedas mais intensas de preços em materiais, equipamentos e serviços (de -0,06% para -0,25%); e desaceleração de preços em mão-de-obra (de 0,53% para 0,03%).
A FGV informou que, ao avaliar o comportamento dos preços no âmbito de produtos, as altas mais expressivas na construção civil, dentro do IGP-10 de setembro, foram registradas em condutores elétricos (2,10%); refeição pronta no local de trabalho (0,71%); e ajudante especializado (0,08%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em vergalhões e arames de aço ao carbono (-2,32%); tubos e conexões de PVC ( -3,85%); e cimento portland comum (-0,74%).
