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Inflação perde força em outubro, mas continua acima do teto da meta em 12 meses

IPCA em outubro ficou em 0,42%, menor que o 0,57% registrado em setembro; alimentação e moradia responderam por metade do IPCA; em 12 meses, variação de 6,59% permanece acima da pretendida

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Por Redação
Atualização:

Considerada a inflação oficial do Brasil, a alta média de preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,42% em outubro, menor que o 0,57% registrado em setembro. De acordo com a divulgação desta sexta-feira, 7, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice acumulado em 12 meses marca 6,59%, acima do teto da meta de inflação do governo, de 6,5%, pelo terceiro mês seguido. No ano, a alta acumulada do IPCA é de 5,05%.

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Os aumentos nas despesas com comida e moradia foram responsáveis por metade da inflação de outubro.

O grupo Alimentação e Bebidas reduziu o ritmo de alta de 0,78% em setembro para 0,46% em outubro. Mas responde por 0,11 ponto porcentual à taxa de 0,42% do IPCA do último mês. Já Habitação, também em queda, passou de 0,77% para 0,68%, e teve impacto de 0,10 ponto porcentual. 

Embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, os dois grupos juntos responderam por 0,21 ponto porcentual da inflação do mês passado.

Antigo vilão entre os alimentos, o tomate voltou a ser um dos principais destaques entre os líderes de alta - diz o IBGE. Foi revertida a queda de preços média de 9,42%, em setembro, para 12,37%. em outubro. A alta da carne, que exercia esse papel de "vilania", começa a perder força. A inflação de 3,17% foi reduzida para a taxa de 1,46%. 

Entre os grupos, Habitação foi o de maior resultado. No entanto, reduziu sua taxa de alta de 0,77, em setembro, para 0,68%, em outubro. Dentro do item, energia elétrica (alta de 1,20%), aluguel (de 0,61%) e mão de obra para pequenos reparos (de 0,82%) respondem pelas maiores elevações de custos. 

Transportes e combustíveis. Este setor também teve participação expressiva no IPCA de outubro, apesar do recuo do 0,63%, em setembro, para 0,39%. Passagens aéreas, embora tenham recuado fortemente, para 1,94% após a alta de 17,85% de setembro, ainda exercem forte pressão. 

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A expectativa agora fica em relação a provável alta de gastos do item no próximo mês, após o anúncio de elevação das tarifas de gasolina (3%) e do diesel (5%) nas refinarias.  Antes mesmo da medida, ficou registrado que os combustíveis já ficaram mais caros ao consumidor em outubro. Tanto a gasolina quanto o etanol tiveram aumento de 0,18% no último mês, após registrarem queda em setembro. O recuo tinha sido de 0,07% sobre o litro da gasolina e de 0,01% sobre o litro do etanol. 

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