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Influência positiva dos EUA predomina e Ibovespa sobe 1%

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A influência positiva de Nova York e uma expectativa de reversão parcial da cobrança de IOF sobre estrangeiros fizeram o fluxo externo voltar, e a bolsa paulista fechou no azul após uma quinta-feira volátil. Fortalecido pelas blue chips, o Ibovespa terminou em alta de 0,99 por cento, para 66.134 pontos. O giro financeiro da sessão, no entanto, somou 5,72 bilhões de reais, o menor em sete sessões. No plano corporativo internacional, resultados sólidos do terceiro trimestre de companhias como Xerox Travelers, 3M, McDonald's e AT&T compensaram o pessimismo criado com balanços frustrantes de empresas como Bunge e EBay. Também no front macroeconômico dos EUA, os dados positivos ganharam destaque no radar de investidores, como o índice de principais indicadores, que avançou pelo sexto mês consecutivo em setembro e atingiu o maior nível em dois anos. Isso ofuscou a notícia de aumento acima das expectativas dos novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. Assim, o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, subiu 1,33 por cento, novamente superando os 10 mil pontos. Um elemento doméstico que ajudou a engrossar a tendência compradora foi a expectativa de que o presidente-executivo da BM&FBovespa, Edemir Pinto, possa convencer o governo a mudar alguns pontos da medida que instituiu a cobrança de 2 por cento de IOF sobre investimentos de estrangeiros em ações e renda fixa. "Tem gente achando que pode reverter algumas coisas", disse Miguel Daoud, sócio da consultoria Global Financial Advisor, sobre o encontro do executivo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira. A ação da bolsa subiu 1,8 por cento, para 12,74 reais, também reagindo a um relatório do Deutsche Bank que elevou a recomendação do papel para "comprar". BLUE CHIPS E BANCOS O dia também foi positivo para as blue chips e para bancos. No setor financeiro, Bradesco assumiu a liderança, com valorização de 2,5 por cento, a 36,91 reais. Pouco atrás, a ação preferencial da Vale ganhou 2,3 por cento, a 41,70 reais. Um fator que teve peso parcialmente negativo nos negócios foi a reação à notícia de que o PIB chinês do terceiro trimestre cresceu "apenas" 8,9 por cento, no centro das estimativas, o que frustrou os que esperavam ainda mais. A queda nos preços das commodities metálicas acabou influenciando as ações de algumas companhias ligadas ao setor. Foi o caso de MMX, caindo 1,3 por cento, a 12,93 reais. O papel preferencial da Usiminas perdeu 0,4 por cento, a 51,99 reais, depois de a companhia ter tido um resultado decepcionante no terceiro trimestre, o que levou JP Morgan, Morgan Stanley, Itaú Corretora e Link Corretora a reafirmarem recomendação de "underperform" (desempenho abaixo da média do setor) para a empresa. No caso da Natura, o balanço trimestral recebeu avaliações distintas por parte de analistas. Na ação, que caiu 2,7 por cento, a 32,50 reais, prevaleceu a influência de um relatório do JP Morgan, rebaixando a recomendação do papel de "overweight" (acima da média do mercado) para "neutra".

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