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Informalidade aumenta no mercado de trabalho paulista

O IBGE apurou que a maior concentração de pessoas ocupadas em empreendimentos com 11 ou mais trabalhadores também estava em São Paulo no ano passado, chegando 61,0% do total dos ocupados.

Por Agencia Estado
Atualização:

A informalidade no mercado de trabalho cresceu em São Paulo de 2003 a 2005. É isso o que aponta uma pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, na média das seis regiões pesquisadas, o número de empregados com carteira assinada no total de ocupados permaneceu inalterada em 60,2%. Já em São Paulo houve uma queda de 0,7 ponto percentual nessa fatia: de 62% para 61,3%. Ainda de acordo com o levantamento, a participação dos empregados sem carteira no total de ocupados cresceu na região, passando de 30,4% em 2003 para 31,5% em 2005. Apesar do resultado, na comparação de 2003 com 2004, a situação melhorou em ambos os casos. Em 2003, a participação dos empregados com carteira chegou a despencar para 60,5% e a fatia dos sem carteira subiu para 32,3%. Escolaridade A pesquisa revelou também que a região metropolitana de São Paulo apresentou a maior escolaridade no mercado de trabalho entre as seis regiões pesquisadas pelo IBGE em 2005. Enquanto na média das regiões as pessoas com 11 anos ou mais de estudo equivaliam a 50,3% dos ocupados, em São Paulo essa participação chegou a 52,2%. Por outro lado, a distribuição de ocupados sem instrução ou com menos de 1 ano de estudo em São Paulo era exatamente o mesmo porcentual (2,4%) da média das seis regiões. O IBGE apurou que a maior concentração de pessoas ocupadas em empreendimentos com 11 ou mais trabalhadores também estava em São Paulo no ano passado, chegando 61,0% do total dos ocupados. A região tinha a menor fatia de ocupados em pequenos empreendimentos (uma a cinco pessoas ocupadas), com 32,4%, ante uma média de 37,1% em negócios desse porte para as seis regiões. Analista aponta recessão em 2003 O analista da pesquisa, Marcio Ferrari, explicou que o ano de 2003 foi de recessão e muita dificuldade para as empresas, que precisaram manter a algum nível de atividade com maior dificuldade de contratação formal. Ainda segundo Ferrari, essa situação se estendeu até 2004, começando a se reverter somente em 2005. "Quando a economia melhora, as empresas conseguem formalizar", completou.

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