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Infraero estuda "rodízio" de balcões em aeroportos

Estatal quer driblar a negativa da companhia aérea em ceder seus espaços temporariamente a outras empresas

Por Agencia Estado
Atualização:

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou nesta quarta-feira, 09, que fará uma redistribuição geral das dos balcões de "check-in" em 12 aeroportos do País. Dessa forma, a estatal, que administra os 67 aeroportos brasileiros, pretende driblar a negativa da Varig em ceder temporariamente às suas concorrentes os seus espaços de atendimento ao público que estão ociosos. A Infraero vai negociar nesta quinta com a justiça empresarial do Rio de Janeiro para tentar implementar a idéia já nesta sexta-feira. O diretor de Operações da Infraero, Rogério Barzellay, informou que a diretoria da estatal aprovou a abertura de um processo administrativo para implantar a revisão geral. A proposta prevê uma avaliação quinzenal da redistribuição que for feita. "E também poderemos analisar periodicamente a utilização correta dos balcões pelas empresas", disse Barzellay, acrescentando que esse é o primeiro passo para a implantação de um sistema de rodízio na utilização dos espaços nos aeroportos, algo que já acontece em vários países. A Infraero está se apoiando em uma cláusula existente em todos os contratos de concessões de espaços nos aeroportos assinados com as companhias aéreas. Essa cláusula permite a redistribuição de espaços sempre que "houver ociosidade ou sub-aproveitamento" das instalações por determinada empresa aérea. "É preciso ficar claro que esses balcões não são propriedade das companhias, mas são espaços públicos de atendimento aos passageiros", completou. A Infraero já tem um estudo prévio para fazer a redistribuição. Foram inicialmente escolhidos os aeroportos mais movimentados do País: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Guarulhos e Congonhas (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Manaus, Brasília, Vitória, Confina (Belo Horizonte) e Foz do Iguaçu. Barzellay não quis antecipar detalhes do estudo, alegando que a idéia ainda precisa ser apresentada ao juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pela recuperação da Varig, e também à própria companhia aérea. A intenção da estatal, ao negociar antecipadamente a implantação da decisão, é evitar questionamentos da empresa aérea na Justiça que poderão gerar uma decisão liminar que impeça a operação. Na terça-feira passada, os advogados dos controladores da nova Varig não concordaram em ceder os balcões, alegando que esses espaços pertencem à companhia e estão "congelados" pela Justiça. "Neste momento, nossa intenção é tornar o atendimento aos passageiros mais eficiente e estamos agindo de forma emergencial", afirmou o diretor.

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