A Infraero deve iniciar na próxima quarta-feira a retomada das áreas de check-in da Varig, apesar da resistência da companhia. Pela manhã, a própria empresa, Infraero e demais companhias não chegaram a um acordo sobre a distribuição temporária esses espaços. A empresa não quer devolvê-los e argumenta que o direito de uso das áreas, assim como os direitos de vôo (slots), foram "congelados" por decisão judicial em março deste ano e que assim devem permanecer enquanto durar a recuperação judicial, até 2008. Isso significaria manter balcões de check-in até mesmo em cidades onde a Varig não mais opera e onde não pretende operar pelos próximos dois anos, como, por exemplo, Caxias do Sul. Com apenas 3% do mercado doméstico, a Varig ainda detém os mesmos espaços nos aeroportos que mantinha quando tinha 45% do mercado. Concorrentes como TAM e Gol argumentam que suas operações estão sofrendo atrasos por conta de problemas de atendimento nos balcões de check-in. Em aeroportos concorridos como o de Congonhas, em São Paulo, os balcões da TAM e da GOL são insuficientes para atender o aumento da demanda provocado pela crise da Varig, e os passageiros têm de enfrentar filas enormes.