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Infraestrutura atrai investidor de longo prazo

Para mercado financeiro, crise política não desanima grupos e fundos que buscam oportunidades em energia e concessões

Por Monica Scaramuzzo e Renée Pereira
Atualização:

A crise política pela qual o Brasil passa não deve afugentar os investidores em infraestrutura como um todo. Além dos chineses, que chegaram em peso no ano passado para comprar negócios no País colocados à venda – seja por causa da recessão econômica ou por companhias envolvidas na Lava Jato, sobretudo nas áreas de construção e energia –, fundos de investimentos e grupos asiáticos estão de olho em diversas oportunidades de negócios, como concessões de rodovias, ferrovias e saneamento, afirmam fontes do mercado financeiro.

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A gestora canadense Brookfield, que foi uma das protagonistas em aquisições no ano passado, com a compra do gasoduto NTS, da Petrobrás, e de 70% da Odebrecht Ambiental, também está negociando diversos ativos de estatais elétricas. É o caso dos ativos da Renova Energia. A gestora teria ampliado a oferta pelo negócio, incluindo a fatia detida pela Cemig, maior acionista na empresa de energia renovável, de acordo com fontes ouvidas pela agência Reuters. Procurada pela reportagem, a Brookfield não comenta. 

Pacote de elétricas. As estatais elétricas que foram colocadas à venda devem atrair aportes que superam mais de R$ 30 bilhões. Estão na mesa empresas da Eletrobrás, Cesp (estatal paulista), CEB, de Brasília; CEEE, do Rio Grande do Sul, conforme informou o Estado. 

No ano passado, a chinesa State Grid, que entrou no País em 2010, anunciou a compra da fatia da CPFL, que pertencia à Camargo Corrêa. A chinesa CCCC, que comprou o controle da Concremat, também está fazendo investimento no porto de São Luís, no Maranhão. De acordo com uma fonte próxima à companhia, outros negócios de infraestrutura estão no radar da chinesa. 

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