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Inovação faz negócio da moda resistir

Por Ligia Aguilhar
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Quem sobrevive até hoje com uma empresa que todo mundo queria ter precisa usar a criatividade sempreAssim como a moda, o mundo dos negócios parece lançar uma nova tendência a cada estação. Entre as mais recentes, estão as lojas que vendem iogurtes e os sites de compras coletivas. Mas se investir em uma nova tendência parece tentador, também requer muitos cuidados. Afinal, quando a moda passa, normalmente leva consigo muitas empresas que não resistem ao amadurecimento do mercado.Em busca do segredo da longevidade, o Estadão PME conversou com empreendedores que sobreviveram aos modismos e investigou quais as oportunidades que o mercado ainda oferece em setores que já tiveram seu auge, como as videolocadoras, os serviços de entrega de pizza, pet shops e buffets infantis (leia mais abaixo). Descobrimos que inovação, conhecimento de mercado, capacidade de adaptação e diversificação são estratégias que empresas desse tipo devem adotar se desejam fazer sucesso."Quem investe em modismos sofre com excesso de concorrência e tem de enfrentar um ciclo médio de oito meses a dois anos no qual precisa provar sua competência para sobreviver", diz Gustavo Carrer, consultor do Sebrae-SP. "Quando a empresa supera essa fase, é sinal de que tem algum diferencial competitivo."Renato Benedetti é um dos sobreviventes de um mercado que continua tão aquecido quanto competitivo: o de entrega de pizzas. Em 1997, ele abriu sua primeira pizzaria, no Parque São Domingos, na zona oeste de São Paulo. Há cerca de um mês, o empresário inaugurou uma nova unidade da Zucchini Pizzas e Esfihas no Alto da Lapa, também na zona oeste da capital. Juntas, as lojas vendem cerca de 5 mil pizzas e 15 mil esfihas por mês.A principal estratégia da empresa para manter-se em evidência é fidelizar o cliente. Para isso, aposta em 70 sabores diferentes e na apresentação impecável da embalagem e da pizza. "Hoje, as pessoas são bem mais exigentes e preocupadas com a imagem do produto", afirma.Dessa forma, pensando no visual da empresa, Renato já realizou sete reformas no estabelecimento, mesmo sem manter mesas para consumo no local. Ele ampliou o balcão, trocou o forno de pizza, instalou televisão a cabo e atualizou a decoração. "Antigamente, era possível abrir uma pizzaria na garagem de casa, hoje não dá mais para fazer isso e mesmo quem trabalha com delivery precisa ter um ambiente agradável", explica o empreendedor. Para enfrentar uma concorrência agressiva, Benedetti gasta cerca de R$ 3 mil por mês em marketing. "Invisto muito na divulgação para que as pessoas estejam sempre vendo o meu nome", diz. E para não depender só das entregas, o empresário agora vende esfihas e oferece os serviços de buffet para elaborar pizzas em festas e eventos. "As pessoas não fazem mais jantar em casa, por isso, o mercado ainda tem espaço para crescer", afirma. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro gasta em média 25% da renda para comer fora, mas esse valor deve chegar a 30% até 2012, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

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