14 de outubro de 2014 | 02h04
A pesquisa afirma que 66% dos entrevistados não estão satisfeitos com esse estado pessoal, já que, desses, 46% afirmaram que suas situações são "regulares", enquanto outros 19% as consideram "negativas". Houve 1% de pesquisados que preferiram não emitir sua opinião. De acordo com Fabián Perechodnik, diretor da Poliarquia, a pesquisa mostra que paira sobre o país um "panorama de incertezas e preocupação em relação à situação social e econômica".
Desde maio, centenas de empresas em toda a Argentina iniciaram uma gradual e persistente onda de demissões, especialmente no setor industrial. Nas principais avenidas comerciais de Buenos Aires tornam-se cada vez mais comuns as lojas fechadas com cartazes de "vende-se".
Perechodnik sustenta que, ao longo do último mês, cresceu entre os entrevistados a desaprovação da gestão econômica do governo da presidente Cristina Kirchner. Além disso, os pesquisados temem perder seus empregos e estão angustiados pelo crescimento da inflação, cuja escalada a Casa Rosada minimiza.
A inflação, segundo economistas de consultorias econômicas em Buenos Aires, oscilaria entre 37% e 40% neste ano, proporção que supera os acordos dos sindicatos para aumentos de salários.
O governo exibe cálculos mais otimistas, pois afirmou há poucos dias que a alta inflacionária seria de 21% em 2014.
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