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Instabilidade com eleições não preocupa Vale

Por Agencia Estado
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O presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, afirmou, após receber o prêmio de segundo lugar no Ranking AE/Economática de 2001, que não está preocupado com a instabilidade gerada por conta do ano eleitoral. Ele considera que as especulações e a volatilidade são normais nesse período. "Não vejo nenhum risco seja qual for o nosso presidente porque todos os candidatos defendem a continuidade da estabilidade", disse. Na opinião do executivo, o Brasil tem evoluído no seu processo democrático. Segundo ele, a Vale vai contribuir investindo e ajudando no desenvolvimento do País. Agnelli afirmou que os grandes investidores da Vale estão tranqüilos em relação ao futuro do Brasil, pois são investidores de longo prazo. "São os investidores de curto prazo que são mais sensíveis aos fatos cotidianos". Segundo ele, os países emergentes como um todo tiveram seus "spreads" elevados. Preço do minério de ferro não deve cair O presidente da companhia não acredita em uma queda do preço do minério de ferro este ano. A Vale vem negociando com as siderúrgicas japonesas o preço que servirá de referência para as vendas deste ano. Segundo Agnelli, a demanda por minério de ferro continua muito forte com a produção de pelotas totalmente vendida até junho deste ano. Ele acredita que o preço será definido no curto prazo, pois hoje a Vale e as siderúrgicas japonesas já estão na 14ª rodada de negociação. Destaques Cias: modelo p/ Salobo ficará pronto até fim/ano, diz Vale Interesse em projetos de cobre Roger Agnelli reafirmou hoje interesse da companhia em adquirir projetos na área de cobre no Exterior. Segundo ele, o foco principal é o sul do Peru e o Chile. A empresa já tem um acordo fechado com a Codelco para que, juntas, encontrem oportunidades neste setor. A Codelco é uma estatal chilena de cobre. Agnelli acredita que após a entrada em operação sobre cinco projetos na área de cobre que a Vale vem desenvolvendo, a companhia pode se tornar uma das cinco maiores produtoras desse metal no mundo. Carajás Agnelli afirmou que os estudos de definição do modelo de produção da mina da Salobo, em Carajás, devem estar prontos até o final do ano. Segundo o executivo, a expectativa é de começar a produzir cobre concentrado em 2007. De acordo com ele, a reserva tem teor tanto de cobre como de ouro e essas especificidades é que estão sendo estudadas. A previsão é de uma produção de 250 mil toneladas de cobre concentrado ao ano. Ele ressaltou que é importante ter 100% da reserva de forma a otimizar a sinergia de logística de Carajás. Por meio dessa estrutura, a empresa consegue produzir a tonelada por US$ 2,5 mil. Caso não contasse com isso, o preço seria de US$ 3,5 mil. Ele afirmou que companhia continua pesquisando em Carajás, porque tem sinais de outras reservas. Somente no ano passado, a empresa investiu US$ 40 milhões em pesquisas na região. Leia mais sobre o Destaques Cias Abertas

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