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Instituições financeiras estudam aumentar juros

As instituições financeiras avaliam as suas taxas de juros. Algumas negam, mas é possível que as taxas sofram correção para repassar a alta da Selic, decidida na quarta-feira.

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa básica de juros de 16,75% para 18,25% ao ano, é grande a expectativa de que as taxas de juros ao consumidor também sejam reajustadas. Bancos, financeiras e bancos de montadoras começam a estudar um aumento nos juros em função da alta da Selic. Os altos níveis de inadimplência, crescentes com a elevação dos juros, deixam as instituições financeiras ainda mais criteriosas na concessão de crédito, tanto pela redução dos prazos quanto pelo aumento taxas de juros. O consumidor que pretende solicitar qualquer espécie de financiamento ou empréstimo deve ficar atento às condições oferecidas pelas instituições, principalmente nos próximos dois meses, quando as perspectivas não são muito otimistas e o repasse do aumento da Selic é uma forte possibilidade. A principal recomendação é que as operações de crédito sejam evitadas neste momento. Bancos No Banco do Brasil, de acordo com a gerente de divisão (gerência de empréstimos e financiamentos), Francisca Maria de Jesus Matos, as taxas de juros sofreram a última alteração em 8 de maio. Ela informa que o banco não tem previsão de novas modificações. O volume de crédito oferecido no final de maio era de R$ 8 bilhões. Para empréstimo pessoal, os juros mensais cobrados pelo banco variam de 3,25% a 4,88%. No cheque especial, as taxas ficam entre 2,05% e 7,74% ao mês. Já no CDC, os juros variam de 2,35% a 2,90% ao mês. Em relação aos prazos, eles dependem do bem a ser adquirido. Financiamento de equipamento de informática, por exemplo, têm prazo de financiamento de 2 a 24 meses; veículos, de 2 a 42 meses; e leasing, 24 a 42 meses. Segundo o gerente de marketing do HSBC Bamerindus, Pedro Marques Boszczovski, o banco coloca créditos com valor mínimo de R$ 300,00 à disposição da pessoa física. Para crédito especial, o valor máximo é o limite disponível do cliente. No crédito pessoal, não há valores estabelecidos, variando de acordo com a necessidade do cliente. Depois da resolução do Copom, a tendência do banco é utilizar taxas de juros entre 3,93% e 4,93% ao mês para prazos entre 30 e 730 dias. Bancos de montadoras A assessoria de imprensa do Banco Volkswagen informa que há um mês, as taxas de juros sofreram alteração e que não há perspectivas de novos aumentos. Hoje, a taxa média atual é de 2,19% ao mês com prazos de até 48 meses. No banco GM, as taxas ainda estão em avaliação. Financeiras A Losango, empresa de financiamentos que atua em São Paulo, diz que apenas na semana que vem divulgará o seu balanço para a imprensa. Outra financeira, a Fininvest, informa que a curto prazo a empresa não fará nenhuma alteração em suas taxas de juros.

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