26 de março de 2012 | 13h29
"Foi o que realmente influenciou o índice este mês", contou Viviane Seda, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. "No mês passado, o indicador já tinha mostrado alta (de 2,2%), mas precisávamos confirmar. Neste mês, houve um forte salto (de 10,0%), que mostra que realmente o consumidor está retomando a disposição de gastar com bens duráveis".
Viviane destacou, porém, que, apesar do salto, a expectativa de compra de duráveis já esteve em patamares mais altos. "Neste momento, é uma recuperação na intenção do consumidor de voltar a comprar", afirmou.
A expectativa de compras aumentou 25,3% na faixa de renda até R$ 2.100,00. O aumento também foi forte, de 8,4%, entre os consumidores que recebem de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00. Na faixa de renda de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00, a intenção de compra subiu 3,1%, enquanto na faixa acima de R$ 9.600,01 houve aumento de 4,7%.
"O reajuste do salário mínimo fez essa faixa de renda mais baixa ter um aumento de rendimento. Esse consumidor estava cauteloso, optando por equilibrar o orçamento, adiando compras. Neste mês, ele mostra disposição de voltar a comprar bens duráveis", apontou Viviane. "A retomada da intenção de compras está evoluindo favoravelmente."
Encontrou algum erro? Entre em contato