A intervenção do maior banco privado na Venezuela por suposta cumplicidade em ataques contra a moeda local é uma decisão política, disse nesta sexta-feira o presidente da Banesco International Financial Group, Juan Carlos Escotet.
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"É uma decisão exclusivamente política, tomada na ânsia de querer distrair a opinião pública dos sérios problemas que os venezuelanos enfrentam", disse Escotet em um vídeo publicado no Twitter.
O empresário também explicou em uma carta que viajou para a Venezuela para "responder a perguntas das autoridades", um dia depois de o governo ter assumido o controle da entidade por 90 dias, com presença dos Estados Unidos, Panamá, República Dominicana e Espanha.
Antes dessa medida, o presidente do Banesco Venezuela, Óscar Doval, e outros dez diretores foram presos acusados de facilitar ou acobertar "ataques" contra o bolívar por meio da saída de papel-moeda para outros países e da especulação com o preço do dólar no mercado negro.
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Escotet garantiu que o Banesco cumpriu com a entrega de informações exigidas pelas autoridades sobre transações suspeitas e sustentou que o problema do sistema financeiro venezuelano é a hiperinflação, que não foi originada pelo banco.
"O problema é a escassez de papel-moeda, associada a um mercado que tenta proteger seus ativos adquirindo dólares, o que é o mais desejado por milhões de cidadãos", acrescentou.