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Intervenções acalmam mercados

Os mercados de petróleo cru e euro sofreram intervenções dos governos das principais economias mundiais. Mais ações podem vir, e, com isso, caíram os preços do petróleo. O euro não oscilou tanto e foi negociado em patamares um pouco mais elevados.

Por Agencia Estado
Atualização:

O petróleo voltou a monopolizar as atenções dos mercados hoje. Com a decisão do governo dos Estados Unidos de vender parte dos estoques estratégicos do produto, os preços caíram um pouco. O preço do barril negociado em Londres fechou hoje em queda de 1,01%, atingindo a cotação de US$ 30,24. E representantes de vários governos europeus declararam estar estudando a liberação de seus estoques estratégicos de maneira conjunta, coordenados pela União Européia. O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Ali Rodriguez, afirmou que os preços da commodity ainda não chegaram a um equilíbrio verdadeiro. As quedas, segundo ele, devem-se à intervenção norte-americana. Ele voltou a reafirmar que o alto preço do petróleo deve-se à especulação dos mercados, impostos do países consumidores, gargalos no refino. Rodriguez disse que o grupo não tem planos de alterar seus limites de produção antes de novembro. Já o ministro de petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, declarou que a Opep agirá para conter a volatilidade dos preços até mesmo antes da reunião ministerial de 12 de novembro, "se necessário". Ele reiterou o propósito de trazer os preços para o patamar de US$ 22,00 a US$ 28,00 o barril. Presidentes e representantes dos países-membros da organização reúnem-se entre quarta e sexta-feira em Caracas. Também foram convidados os representantes da Rússia, que deve solicitar entrada no cartel, Noruega, Angola, Omã e México. O euro, que também preocupa os mercados internacionais pelas suas quedas sucessivas, sofreu intervenção conjunta de vários bancos centrais na sexta-feira. Hoje a moeda única européia, adotada por 11 países da União Européia. Mas hoje, voltou a cair. Às 17:30, registrava queda de 0,75%, sendo negociado a US$ 0,8746. De qualquer forma, a níveis superiores aos registrados antes da intervenção. Vale lembrar que a moeda atingiu a sua cotação mais baixa desde o lançamento, de US$ 0,8460 no dia 20. Mercados O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 0,36%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 1,64%. A Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - operou a maior parte do dia em alta, mas com a queda da Nasdaq, reverteu a tendência à tarde, fechando em queda de 0,21%. O setor que mais registrou quedas foi o de energia. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 17,120 % ao ano, frente a 17,150% ao ano sexta-feira. A maior estabilidade nos mercados de petróleo e euro contribuíram com a boa aceitação da posição conservadora do governo em relação aos juros. No mercado, já se trabalha com a expectativa de um reajuste nos combustíveis esse ano e com a Selic, a taxa de juros básica referencial da economia, entre 16% e 16,5 % ao ano. O dólar abriu em queda e foi sofrendo elevações nas cotações até fechar em alta de 0,27%, a R$ 1,8500. Operadores creditam a alta à ação de compra de um grande banco.

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