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Investidor ignora NY, busca pechinchas e Bovespa sobe 1%

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

O investidor deu de ombros para a performance decepcionante de Wall Street e foi em busca de pechinchas na Bolsa de Valores de São Paulo, que abriu a semana em alta. O Ibovespa subiu 0,95 por cento nesta segunda-feira, para 60.720 pontos. O giro financeiro na bolsa, no entanto, foi de apenas 4,3 bilhões de reais --abaixo da média diária recente. Em Nova York, os principais índices das bolsas de valores fecharam em queda, consumindo todo o otimismo da abertura, quando repercutia a disposição do governo dos Estados Unidos de dar apoio financeiro às principais companhias hipotecárias do país, fortemente atingidas pela crise no setor. "Mas no final, voltou a predominar a sensação de que há mais esqueletos no armário", disse Vladimir Caramaschi, estrategista da Crédit Agricole DTVM. O índice Dow Jones caiu 0,4 por cento, enquanto o Standard & Poor's 500, também da Bolsa de Valores de Nova York, cedeu 0,9 por cento. Na bolsa paulista, essa influência negativa só foi o bastante para reduzir parcialmente o apetite dos investidores pelas "pechinchas", ações que caíram fortemente nas últimas semanas. Foi isso o que colocou em evidência os papéis de empresas de varejo, como os ordinários da Lojas Renner, com avanço de 4,2 por cento, a 29,70 reais. Um movimento isolado avivou os ganhos do índice. As ações preferenciais da AmBev deram um salto de 4,9 por cento, para 99,00 reais. No domingo, sua controladora InBev anunciou ter fechado um acordo para compra da norte-americana Anheuser-Busch por 52 bilhões de dólares, criando a maior cervejaria do mundo. Até a Petrobras, cujas ações vinham sendo penalizadas pelo anúncio de greve de funcionários, acabou contribuindo para a recuperação do índice. As ações preferenciais da petroleira subiram 0,7 por cento, a 40,88 reais, depois que a companhia informou que conseguiu retomar a operação de algumas plataformas, reduzindo a 7 por cento a queda na produção diária. A nota negativa do dia foi o setor de telefonia, atingido por realização de lucros. As preferenciais da Vivo, as mais penalizadas, desabaram 7,5 por cento, a 9,15 reais.

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