Após uma escalada de 5,2 por cento em cinco sessões, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a quarta-feira no vermelho, atingida por uma comportada realização de lucros que levou seu principal índice novamente para baixo dos 65 mil pontos. O movimento levemente positivo das bolsas norte-americanas foi suficiente apenas para amortecer o movimento, mas não impedir que o Ibovespa caísse 0,71 por cento, para 64.947 pontos. O volume financeiro de negócios foi de 5,1 bilhões de reais. "Após as altas recentes, o Ibovespa chegou perto do recorde histórico e o investidor resolveu sair da ponta compradora e embolsar os ganhos", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos. Os principais alvos de vendas foram as ações preferenciais da Petrobras, com um quinto do giro no mercado à vista, que caíram 1,37 por cento, a 85,02 reais. Pelo mesmo caminho seguiu o setor bancário, puxado pelas ações ordinárias do Banco do Brasil, com queda de 2,2 por cento, a 24,55 reais. A queda do Ibovespa foi amortecida pelos ganhos de ações de empresas ligadas a algumas commodities. Em relatório, o Merrill Lynch considerou que a manutenção dos preços nesse mercado deve continuar sustentando ganhos nas bolsas de países emergentes, como a do Brasil. Nesta quarta-feira, essa tendência foi suportada pelos papéis preferenciais da Sadia, líderes de ganhos do Ibovespa, com salto de 5,6 por cento, a 11,80 reais. A empresa foi alvo de relatórios do Citi e do BES Investimento, que recomendaram a compra de ações da companhia. O setor siderúrgico também seguiu essa lógica, embora com menor dinamismo. As ações ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional, também recomendadas para compra pelo Citi, subiram 0,14 por cento, para 72,60 reais.