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Investidor vê sinais na fala de Meirelles e ajusta juros para cima

Por Cenário: Denise Abarca
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A semana da reunião do Comitê de Política Monetária começou com salto dos juros futuros, queda do dólar ante o real e recuo da Bovespa. A expectativa em torno da decisão de política monetária, amanhã, conduziu os ativos domésticos, especialmente o crescimento da aposta de que o Banco Central será mais agressivo na abertura do ciclo de aperto da Selic este mês, com uma alta de 0,75 ponto porcentual, que voltou a ser majoritária na curva a termo de juros. As taxas futuras dispararam, em movimento atribuído à mensagem do presidente do BC, Henrique Meirelles, no domingo, em Washington. Meirelles alertou o mercado para que não tente encontrar ''sinais'' sobre a magnitude de uma eventual alta de juro nos relatórios e atas divulgados anteriormente pela autoridade monetária. O juro para julho de 2010 avançou a 9,51%; para janeiro de 2011, a 10,87%; e para janeiro de 2012, a 12,16%.A aposta de avanço da Selic eleva a perspectiva de entrada de recursos no País por causa da arbitragem com o diferencial de juros interno e externo, o que estimulou a queda do dólar ante o real. O dólar à vista encerrou abaixo do piso informal de R$ 1,75, cotado a R$ 1,7450 (-0,91%) - menor valor desde 11 de janeiro. No mercado de ações, a previsão de alta mais forte da taxa Selic ajudou a Bovespa a fincar pé no campo negativo, tendo renovado as mínimas ontem à tarde com a inversão para baixo dos papéis da Vale e a ampliação das perdas das Bolsas em Wall Street. Depois de três sessões em alta, o Ibovespa caiu 0,92%, aos 68.871,94 pontos - menor nível desde 26 de março.

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