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Investidor: veja as opções de aplicação

O momento é de reavaliação das aplicações. Existem várias opções, com diferentes níveis de risco. Analisar os produtos, levando em conta o prazo do investimento e a atuação do gestor, é a recomendação dos analistas. Veja algumas opções.

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre um fundo pós-fixado (DI), que oferece total segurança, e o mercado de ações, que tem um risco de 100% sobre o valor aplicado, o investidor terá diversos níveis de exposição às oscilações e perdas. Nesse sentido, a composição da carteira do investimento e uma boa atuação do gestor para conseguir resultados mais expressivos são fundamentais para o investidor. Para quem está disposto a correr um pouco mais de risco em troca de uma rentabilidade maior do que a oferecida pelos fundos DI, os fundos de renda fixa prefixados são a primeira opção. A carteira é formada em parte por papéis prefixados e o restante por títulos pós-fixados. "Quanto maior a parcela de prefixados, maior a agressividade do fundo. O prazo de vencimento dos papéis da carteira, o que é chamado de duration, também define o perfil da aplicação. Quanto mais longo, maior o risco", explica Paulo Nogueira Caetano, diretor de gestão de recursos do BBV Asset Management. Conhecer a composição da carteira de um fundo de renda fixa prefixado, antes de colocar seus recursos nessa aplicação, é a recomendação geral de todos os analistas. Isso porque, algumas instituições oferecem fundos genéricos com nomes que podem indicar um fundo de renda fixa. De acordo com a legislação atual, os fundos genéricos podem mesclar em carteira ativos de renda fixa e variável, o que os torna mais arriscados em relação a um fundo de renda fixa. Para tornar essa nomenclatura mais clara para o investidor, a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) irá divulgar novas regras nesse mês. Saiba mais sobre o assunto na matéria seguinte e não deixe de ver no link abaixo as regras atuais para a classificação dos fundos de investimento. Multicarteira Os fundos multicarteira são indicados para investidores que podem ficar com o dinheiro investido por um período maior. Isso porque, em suas carteiras, o gestor vai alocar papéis de renda fixa e renda variável, seguindo o perfil de cada produto - agressivo, moderado e conservador. E, para isso, buscam rentabilidade no longo prazo por meio de aplicações em diversos tipos de ativos financeiros. De acordo com Augusto Ferreira, diretor de renda fixa da Unibanco Asset Management, o risco dessa aplicação está na parcela de renda variável. Nesse caso, a atuação do gestor também é um fator de risco, já que o diferencial de rentabilidade desse fundo em relação a um fundo DI será conseguido pela parcela de renda variável e a composição dela depende do gestor. Ações e fundos de ações A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é um dos segmentos com melhores perspectivas de rentabilidade em 2001. Mas, para direcionar recursos para a Bolsa, o investidor deve estar preparado para as oscilações do preço das ações. Isso significa: disponibilidade de tempo para recuperar possíveis perdas. Para Flávio Bojikian, diretor de renda fixa da BankBoston Asset Management, esse é o segmento mais suscetível a oscilação no atual cenário. Para quem não pode acompanhar o desempenho das ações, a alternativa é aplicar em um fundo de ações. Nesse caso é o gestor do fundo quem escolhe os papéis da carteira. Também aqui a atuação do gestor é fundamental. Além disso, verificar os custos do investimento - taxa de administração e performance - é muito importante na escolha do produto. Dólar e fundos cambiais A preocupação com o ritmo do desaquecimento norte-americano pode manter o dólar em alta nos próximos dias. Tomando como base um período maior - final do ano -, as expectativas são de que a moeda norte-americana fique acima de R$ 2,00 e não há nenhum sinal de queda nas cotações. Mas, há o risco e o investidor deve levar isso em conta. Para Dany Rappaport, diretor executivo da Santander Asset Management, o dólar deve chegar ao final de 2001 no patamar de R$ 2,10, o que sinaliza ganhos para o investidor que comprar dólares ou investir em fundos cambiais agora. No caso dos fundos, a rentabilidade é a soma de uma taxa de juros mais a variação do dólar. O risco é de que a variação fique negativa ou seja baixa e, no resultado final, a rentabilidade fique menor em relação aos fundos DI. Para a maioria dos analistas, esse risco é praticamente inexistente hoje, devido ao cenário econômico interno e externo. Veja mais opções de investimento nos links abaixo.

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