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Investidores devem retirar US$ 541 bi de emergentes em 2015

Segundo estimativa do IIF, que representa os maiores bancos do mundo, esse é o primeiro fluxo negativo para esses países em 30 anos e sinaliza problemas para o Brasil, a Rússia e o Leste Asiático

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Por Redação
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A fuga de capitais de mercados emergentes deve chegar a US$ 541 bilhões neste ano, de acordo com estimativas do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), que representa mais de 500 das maiores instituições financeiras do mundo.

A maciça saída de capital de mercados emergentes, alerta o IFF, ameaça desencadear uma grande correção nos preços de ativos nos Estados Unidos. Segundo o IFF, esse é o primeiro fluxo negativo de mercados emergentes em quase três décadas e sinaliza anos à frente de problemas para as economias do Brasil, Turquia e Leste Asiático.

Economia chinesa mais fraca provoca choques ao redor do globo, considera o relatório do IIF Foto: AFP

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A desaceleração mais forte que o previsto na China está promovendo choques ao redor do globo, alimentando a queda das commodities e a perda de fôlego nos maiores mercados emergentes. Combinado com a ampliação das dívidas corporativas nos últimos cinco anos - diante da injeção de US$ 8 trilhões na economia global pelos bancos centrais -, o aumento do custo de crédito e o fortalecimento do dólar, as perspectivas de crescimento de muitas destas economias desabaram.

Brasil e Rússia já estão em recessão. O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que empresas de vários países podem deixar de arcar com seus compromissos, o que poderá ter reflexos no setor financeiro e exacerbar a desaceleração econômica.

Os problemas nos mercados emergentes, na avaliação do diretor-executivo do IIF, Hung Tran, poderiam contagiar economias avançadas, incluindo os EUA. "Há uma lacuna entre a avaliação financeira de ações, títulos, imóveis e outros ativos em relação ao crescimento real da economia", diz Tran. "Essa lacuna, que é bastante grande nos EUA e em outros países, é mais larga do que a vista na crise de 2008", complementou. (Com informações da Dow Jones Newswires).

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