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Investidores estão mais conservadores

Instituições financeiras observam migração de investimentos para fundos de menor risco, como os DI e cambiais. Analistas atribuem a saída líquida de recursos à compra de ativos reais, como ações e imóveis.

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar da saída líquida de recursos do setor de fundos de investimentos, algumas instituição verificaram apenas uma migração das aplicações. No ABN Amro Asset Management, por exemplo, o diretor da instituição, Mailson Hykavei, notou uma transferência de investimentos das carteiras de maior risco, como os fundos de ações, para ativos mais conservadores, como os fundos referenciados DI. Em relação ao mercado em geral, Hykavei acredita que muitos investidores podem estar comprando ativos diretamente, como Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). "O mercado de imóveis também deve atrair investidores que aplicam em fundos de investimento e querem diversificar", avalia. Na BankBoston Asset Management (BAM), que administra R$ 15,5 bilhões, os investidores também estão mais conservadores. Segundo o sócio-gerente da BAM, Márcio Verri, está havendo uma migração de recursos dos fundos de ações, renda fixa e multiportifólio para os fundos referenciados DI e cambiais. "No resultado total das carteiras, ainda há captação de aplicações", informa Verri. O diretor da BNL Asset Management, Claudio Lellis, confirma que também nesta instituição os investidores estão deixando as aplicações que oferecem maior risco para carteiras mais seguras. "Mas aqui também verificamos saída de recursos", diz Lellis. Segundo ele, no final de março, a instituição administrava R$ 850 milhões. Hoje, a carteira total administrada é de R$ 650 milhões. "A entrada de recursos está mais forte nos fundos referenciados DI e cambiais que, além de registrarem a captação de novas aplicações, também estão recebendo recursos de outras carteiras da instituição, cujo perfil é mais agressivo, como os fundos de derivativos", declara o diretor. No Santander Asset Management, que administra R$ 15,5 bilhões provenientes de clientes do Santander e do Banespa, a movimentação de recursos é muito pequena e o saldo total está praticamente estável. Segundo o diretor de gestão da instituição, Márcio Appel, entre as carteiras do banco, os fundos referenciados DI e os cambiais apresentam as maiores captações.

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