Publicidade

Investidores temem racionamento de energia

O mercado financeiro começa a fazer as contas do impacto do racionamento de energia no crescimento da economia do País. O desaquecimento previsto deve reduzir o ganho das empresas e prejudica o desempenho das ações.

Por Agencia Estado
Atualização:

O pessimismo com o cenário interno ganhou maiores proporções nesta manhã. Entre as más notícias, está a avaliação de que o racionamento de energia elétrica pode ter impacto negativo sobre o crescimento da economia, a balança comercial e os investimentos externos. Um crescimento mais lento, segundo os analistas, significa que a taxa de juro pode, pelo menos, deixar de subir novamente. O Comitê de Política Econômica (Copom) reúne-se nos dias 22 e 23 de maio para redefinir a taxa básica de juros (Selic), que está em 16,25% ao ano. Nas duas últimas reuniões, o Copom elevou a taxa devido ao efeito da alta do dólar sobre a inflação, em um momento de atividade econômica aquecida. Os juros passaram de 15,25% para 15,75% ao ano na reunião de março e de 15,75% para 16,25% na reunião de abril. Se a economia desacelerar-se em um cenário de racionamento de energia, então não haveria razão para uma nova alta de juros na reunião de maio, segundo os analistas. Outra notícia interna que contribui para o pessimismo dos investidores foi a manobra decidida pelo presidente do Congresso Nacional, senador Jader Barbalho, para adiar mais um pouco a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção (veja mais informações no link abaixo). Analistas entendem que o governo deveria permitir que a CPI fosse instalada para que ela pudesse ser encerrada antes que começasse a corrida eleitoral. Além disso, eles observam que estratégias regimentais para adiar a CPI dão a sensação de que o governo tem algo a esconder. Cenário externo Essas preocupações vêm somar-se ao desconforto em relação à Argentina. Os investidores continuam incomodados com a demora da definição das regras da troca da dívida de curto prazo por papéis com vencimento mais longo, prevista para junho. Segundo apurou a correspondente em Buenos Aires, Marina Guimarães, o mercado tem dúvidas de que as negociações sobre o prazo e taxa da operação estarão concluídas até o mês que vem. Há pouco, os principais papéis da dívida argentina (FRBs) estavam cotados a 84,150 centavos por dólar - alta de 0,15% em relação ao fechamento de ontem. Veja como estão os negócios O dólar comercial está cotado a R$ 2,2570 na ponta de venda dos negócios - alta de 0,53% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,35%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 21,650% ao ano, frente a 21,580% ao ano registrados ontem. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.