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Investigação no UBS encontra casos de fraude fiscal nos EUA

Por LISA JUCCA E ALBERT SCHMIEDER
Atualização:

O banco suíço UBS, que está no centro de uma investigação nos Estados Unidos sobre serviços internacionais fornecidos a ricos clientes norte-americanos, afirmou na quinta-feira que descobriu um "número limitado" de casos de fraude tributária. "Nossas investigações descobriram um número limitado de casos de fraude tributária tanto sob a lei norte-americana quanto sob a lei suíça", disse o chairman Peter Kurer a 2 mil acionistas do banco reunidos para aprovar uma injeção de capital governamental de 6 bilhões de francos suíços (5 bilhões de dólares). Kurer, que assumiu o posto em abril, reiterou que o banco ainda tem meta de lucro em 2009, apesar de ter ressaltado que as condições dos mercados continuam difíceis. O UBS teve um pequeno lucro no terceiro trimestre, principalmente graças a ganhos tributários e por fatores contábeis. Mas analistas esperam que a instituição sofra novo impacto neste trimestre. O UBS, que registrou mais baixas contábeis que qualquer outro banco europeu durante a crise de crédito, também é pressionado pela investigação norte-americana, na qual levou ao indiciamento do diretor de gestão global de fortunas neste mês e ameaça enfraquecer o valorizado sigilo da instituição suíça. Kurer afirmou que a confidencialidade banco-cliente, um pilar do sistema bancário suíço, "não está aí para proteger casos de fraude tributária", em uma declaração que sugere que a instituição pode estar preparada para entregar alguns detalhes de clientes para autoridades norte-americanas como parte de um possível acordo para solução dos problemas. As autoridades dos Estados Unidos estão exigindo nomes de cerca de 17 mil clientes norte-americanos do UBS. Mas advogados suíços que representam os clientes da instituição nos EUA afirmaram que a Suíça está considerando revelar informações de apenas algumas centenas.

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