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Investimento chinês no Brasil é o maior em 7 anos

País asiático aportou US$ 20,9 bilhões no Brasil em 2017, maior valor desde 2010

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Por Redação
Atualização:

A China investiu US$ 20,9 bilhões no Brasil em 2017, maior valor desde 2010, com a recessão reduzindo o preço dos ativos, atraindo investidores, segundo o Ministério do Planejamento brasileiro.

País asiático aportou US$ 20,9 bilhões no Brasil em 2017, maior valor desde 2010 Foto: AFP PHOTO / GREG BAKER

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Os setores de energia, logística e agricultura atraíram o maior volume de capital chinês, incluindo investimentos nos campos de petróleo do pré-sal e o acordo de US$ 2,25 bilhões da chinesa State Power Investment Corp para operar a Hidrelétrica de São Simão.

O dado de 2017 considera investimentos confirmados e anunciados, mas não contabiliza acordos como a compra, pela companhia chinesa de transporte urbano por aplicativo DiDi Chuxing, do controle da brasileira 99, já que empresas privadas não divulgam o tamanho do acordo.

O governo brasileiro projeta que o investimento chinês continue aumentando este ano uma vez que os preços de ativos continuam baixos.

“O Brasil tem muito menos investimento do que precisamos. Nós precisamos de investidores estrangeiros”, disse o secretário de Assuntos Internacionais, Jorge Arbache, em entrevista.

Segundo o secretário, as eleições presidenciais deste ano não devem desacelerar o investimento chinês.“Quando conversamos com os chineses sobre o fato de este ser um ano eleitoral, um ano com um forte componente político, os chineses mostram que têm uma visão de longo prazo para o Brasil”, disse Arbache. “É improvável que eles reduzam sua presença.”

Projetos. Um fundo bilateral lançado em 2017 para direcionar US$ 20 bilhões em financiamentos de bancos estatais chineses e brasileiros vai avaliar a primeira série de projetos no fim de janeiro. O fundo foca em ferrovias e infraestrutura para ajudar a levar grãos a portos já que a China é o principal comprador de soja brasileira. Segundo Arbache, o fundo já recebeu 29 propostas. “Se no fim de 2018 cinco projetos forem aprovados, acho que será muito bom para o primeiro ano”, disse Arbache. “Com o processo de aprendizagem, é possível que no próximo ano haja ainda mais aprovações.” 

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