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Investimento direto tem o melhor mês do ano em julho

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil recebeu US$ 1,247 bilhão em investimentos estrangeiros diretos em julho. O valor é o maior registrado até agora em 2003, segundo o Departamento Econômico (Depec) do Banco Central. Em julho de 2002, o País tinha recebido US$ 930 milhões desse tipo de investimento. De janeiro a julho de 2003, os investimentos estrangeiros diretos que ingressaram no País somaram US$ 4,747 bilhões. A estimativa oficial do BC é que ano fechará com uma entrada de US$ 10 bilhões. O volume de investimentos ingressados nos primeiros sete meses do ano equivale a cerca de 45% do registrado no mesmo período de 2002, quando de janeiro a julho o País acumulou um ingresso de US$ 10,547 bilhões de investimentos estrangeiros diretos. Em termos nominais, os investimentos feitos em 2003 até agora estão US$ 5,8 bilhões abaixo do realizado no mesmo período de 2002. Nos últimos 12 meses, os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 10,766 bilhões, o equivalente a 2,40% do PIB. Em agosto, US$ 1,1 bilhão O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, acredita que o País receberá em agosto US$ 1,1 bilhão em investimentos estrangeiros diretos (IED). Pelos dados apurados até agora pelo Depec, já ingressaram no País este mês um total de US$ 700 milhões. Apesar da surpresa dos analistas, o chefe do Depec afirmou que os investimentos estrangeiros diretos registrados em julho estão em linha com o projetado pelo Banco Central. "Já esperávamos uma virada. Agora começamos a ver uma mudança no perfil (do investimento)", disse Lopes. Na avaliação do Depec, o fluxo de investimento estrangeiro direto caminha agora na direção de uma média de US$ 1 bilhão ao mês. "Caminhamos para uma média de US$ 1 bilhão ou um pouquinho mais. Isso não é exatamente a média de anos passados, mas temos que considerar que não há mais privatizações nem processo de captalização de empresas no País", salientou Lopes. O chefe do Depec também comemorou o registro de mais um superávit nas transações correntes do País em julho. "O valor foi bastante alto", comentou Altamir, ao citar os US$ 744 milhões de superávit registrado no mês passado. "Esse conjunto de fatores, como superávit na conta corrente, investimentos estrangeiros diretos, e taxas de rolagem crescendo, foi suficiente para gerar um superávit no balanço de pagamentos, o que também é positivo", resumiu. Pelos cálculos feitos pelo Banco Central, o País deverá registar em agosto mais um superávit em suas transações correntes. "Devemos ter um superávit de US$ 300 milhões", informou Lopes. Remessa de lucros e dividendos As remessas de lucros e dividendo somaram US$ 306 milhões, em julho, ante US$ 382 milhões em junho último e US$ 345 milhões de julho de 2002. No período de janeiro a julho do corrente ano, as remessas de lucros e dividendos estão acumuladas em US$ 2,835 bilhões ante US$ 3,116 bilhões em igual período do ano passado. As despesas com o pagamento de juros externos somaram US$ 1,042 bilhão, no mês passado, ante US$ 1,127 bilhão em junho e US$ 1,153 bilhão em julho de 2002. Leia também: Superávit em conta corrente é de US$ 744 milhões em julho » Próximas quedas no juro serão menores, prevê Langoni » IPCA-15 sobe para 0,27% em agosto » Mercado tem reação positiva ao corte

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