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Investimento externo no País soma US$ 3,79 bi em 2 meses

Fluxo, equivalente a 2,56% do PIB, é maior que no mesmo período do ano passado

Por Agencia Estado
Atualização:

O ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil no primeiro bimestre de 2007 atingiu US$ 3,790 bilhões, o equivalente a 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo Banco Central , o fluxo no período foi maior do que o registrado nos dois primeiros meses de 2006 (US$ 2,329 bilhões). Em fevereiro, o IED somou US$ 1,378 bilhão, abaixo da projeção do Banco Central, que esperava ingresso de US$ 1,45 bilhão, porém acima do resultado do mesmo mês do ano passado (US$ 854 milhões). O resultado do IED em fevereiro ficou abaixo do esperado pelos analistas ouvidos pela Agência Estado, entre US$ 1,5 bilhão e US$ 1,8 bilhão. Em 12 meses, o ingresso de IED subiu um pouco mais, atingindo a marca de US$ 20,243 bilhões, ou 2,10% do PIB. Até janeiro, o ingresso desses investimentos em 12 meses somava US$ 19,720 bilhões, ou 2,05% do PIB. O ingresso de IED em fevereiro foi menor do que o obtido em janeiro deste ano: US$ 2,412 bilhões. Conta corrente O balanço das contas externas brasileiras apresentou, entre janeiro e fevereiro, um superávit de US$ 919 milhões, na conta de transações correntes. O valor é maior do que o registrado no mesmo período de 2006: US$ 339 milhões. Em fevereiro, a conta de transações correntes teve superávit de US$ 593 milhões, valor também abaixo da projeção do próprio BC, que estimava um superávit de US$ 850 milhões. Além disso, o resultado é menor que o do mesmo mês do ano passado, quando o saldo positivo foi de US$ 647 milhões. Em 12 meses até fevereiro, a conta de transações correntes registra um superávit de US$ 14,108 bilhões, o equivalente a 1,46% do PIB. Até janeiro, o superávit em 12 meses estava em 1,47% do PIB, ou US$ 14,161 bilhões. Projeções revisadas Com o desempenho favorável da economia brasileira, o BC revisou para cima a projeção de superávit da conta de transações corrente do balanço de pagamentos do Brasil com o exterior. A estimativa de superávit subiu de US$ 4,5 bilhões para US$ 7,7 bilhões. Em proporção do PIB, a estimativa do superávit em conta corrente saltou de 0,45% do PIB para 0,77% do PIB em 2007. A projeção para a balança comercial também foi alterada. O BC calcula agora que a balança terá um superávit de US$ 37 bilhões em 2007. Na projeção anterior, o superávit estimado era de US$ 35 bilhões. O BC também ampliou de US$ 145 bilhões para US$ 149 bilhões a estimativa de exportações ao longo deste ano. Por outro lado, também elevou de US$ 110 bilhões para US$ 112 bilhões a projeção de importações. Com o desempenho favorável do investimento estrangeiro direto nos dois primeiros meses de 2007, o BC subiu de US$ 18 bilhões para US$ 20 bilhões a estimativa de ingresso desses recursos. Gastos com juros A autoridade monetária reduziu a sua projeção de gastos líquidos com juros externos neste ano de US$ 8,9 bilhões para US$ 7,9 bilhões. A revisão da projeção embutiu um aumento das receitas com juros este ano de US$ 5,5 bilhões para US$ 6,5 bilhões. Este aumento pode ser explicado pelo próprio crescimento das reservas internacionais. As despesas com juros, em contrapartida, permaneceram estáveis em US$ 14,4 bilhões. O BC, ao mesmo tempo, elevou sua estimativa de amortizações de dívida externa de médio e longo prazos para 2007 de US$ 27 bilhões para US$ 29,8 bilhões. No primeiro bimestre deste ano já houve amortização de US$ 10,592 bilhões.

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