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Investimentos têm a maior expansão desde 1996, aponta IBGE

Formação Bruta de Capital Fixo cresce 14,4% no 3º trimestre, na comparação com o mesmo período de 2006

Por Jacqueline Farid , Adriana Chiarini e da Agência Estado
Atualização:

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que sinaliza os investimentos na economia, teve expansão de 14,4% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2006, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A alta é a maior desde o início da série histórica do IBGE, em 1996, segundo adiantou à Agência Estado a gerente de contas trimestrais do instituto, Rebeca Palis.   O número também veio acima da estimativa do último Boletim de Conjuntura do Ipea, relativo a setembro, e que projetava um aumento de 10% da FBCF nessa base de comparação. Em relação ao segundo trimestre de 2007, o crescimento foi de 4,5%.   Rebeca explicou que o aumento da FBCF reflete "a demanda interna, o câmbio que favorece as importações de máquinas e equipamentos e a produção nacional aquecida de bens de capital".   Rebeca justificou que os investimentos refletem também a queda na taxa básica de juros do País, a Selic (atualmente em 11,5% ao ano) e o aumento nominal de 25,3% do crédito de recursos livres para pessoa jurídica, ante igual trimestre do ano passado.   A taxa de FBCF ficou em 18,3% do PIB no terceiro trimestre deste ano, a maior para o período na série iniciada em 2000. Para Rebeca, o forte crescimento no terceiro trimestre aponta para um crescimento sustentado da economia nos próximos trimestres.   Segundo ela, "a expansão do investimento favorece o crescimento futuro porque, se há um aumento robusto no consumo das famílias, é muito importante aumentar os investimentos". Ela acrescentou que "o aumento do consumo interno não pode depender de importações, o investimento supre o aumento da demanda para não haver problemas com a oferta".   A taxa de poupança bruta foi de 19,4% no terceiro trimestre, menor que a do terceiro trimestre de 2006, quando tinha ficado em 20,1%. Segundo Claudia Dionisio, economista da coordenação de contas nacionais do IBGE, a queda na taxa de poupança acompanha o crescimento do consumo. "A renda disponível cresceu um pouco menos que o consumo neste trimestre", justificou.

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