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IOF, commodities e denúncias contra Palocci elevam juros

Por Denise Abarca
Atualização:

Após resistirem perto dos ajustes anteriores até o meio da tarde, os juros futuros engataram trajetória de alta no final da sessão de ontem, renovando as máximas, sobretudo nos vencimentos de longo prazo. As explicações técnicas para a puxada passaram pela forte zeragem de posições de giro, mas os analistas também viram a cautela como sinal de incômodo do mercado em relação à retomada da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para resgate de títulos privados de curto prazo. Não a medida em si, mas sim a forma como foi divulgada pela Receita, que não detalhou as razões que levaram à retomada da cobrança, que havida sido suspensa em janeiro, Para a postura mais defensiva dos investidores, teriam contribuído, ainda, o avanço nos preços das commodities e o desconforto com as denúncias contra o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. O juro para janeiro de 2017 fechou na máxima de 12,46%, de 12,37% na véspera, enquanto a taxa para janeiro de 2021 subiu de 12,27% para 12,35%. O juro para janeiro de 2013 encerrou a 12,59%, rompendo a resistência a 12,58%, ante 12,54% na véspera.A Bovespa descolou-se de Wall Street e subiu 1,59%, aos 63.336,75 pontos, favorecida pelas blue chips, sobretudo Petrobrás. As ações da companhia se beneficiaram tanto da alta nos preços do petróleo quanto da melhora na perspectiva de classificação de risco da estatal, de estável para positiva, pela agência Standard & Poor''s. Os papéis do Grupo Oi também se destacaram, com avanço ao redor de 10% em meio ao anúncio de reestruturação societária. O dólar no mercado à vista caiu 0,55%, a R$ 1,6220.

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