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IOF em financiamento longo é 8 vezes maior que CPMF

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Por Márcia De Chiara
Atualização:

O brasileiro que assumir financiamentos de longo prazo pagará quase dez vezes mais de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do que pagava de CPMF após o governo ter elevado a alíquota para compensar a perda da arrecadação com o imposto do cheque. Pela simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), num veículo cujo preço à vista é de R$ 25 mil, financiado em cinco anos, com juros de 2% ao mês e tributado pela nova alíquota de IOF, de 3% ao ano, o valor pago no final passa de R$ 44.415,00 para R$ 45.802,80, uma diferença de R$ 1.387,80. Sem CPMF e com IOF antigo, de 1,5% ao ano, o comprador desse automóvel economizaria R$ 168,60 ao fim de cinco anos. Agora, ele terá de desembolsar 8,3 vezes o equivalente à economia que teria com a CPMF para adquirir o mesmo carro por causa do aumento do IOF. Num televisor de 26 polegadas, financiado em dois anos, cujo preço à vista é de R$ 1.500, a economia com o fim da CPMF seria de R$ 11,04, com IOF de 1,5%. E o desembolso adicional por conta da nova alíquota de IOF será de R$ 34,56. "O impacto maior será no bolso de quem optar pelos prazos mais longos de financiamento?, afirma o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, que fez os cálculos. Como nos últimos tempos o diferencial do crédito tem sido o prazo longo dos financiamentos e não a taxa de juros, a decisão do governo prejudica especialmente os consumidores de menor renda, que fazem empréstimos a perder de vista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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