25 de outubro de 2010 | 15h17
Mesmo com as recentes medidas adotadas pelo governo brasileiro com o objetivo de reduzir o fluxo de moeda americana ao País, os dólares continuaram entrando no Brasil de forma expressiva no mês de outubro.
Dados do Banco Central até o dia 21 deste mês mostram um saldo de US$ 3,8 bilhões no canal financeiro, que contabiliza as operações com renda fixa, em bolsa e em investimentos diretos.
O montante é o segundo maior registrado este ano, atrás apenas do mês de setembro, quando U$ 13,7 bilhões entraram no país, principalmente em busca dos novos papéis da Petrobrás.
A entrada da moeda americana no País faz a cotação do dólar cair frente ao real, o que prejudica a exportação de produtos brasileiros, ao mesmo tempo em que favorece as importações.
O assunto vem preocupando o governo brasileiro, que no último mês já elevou duas vezes o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O tributo sobre as aplicações estrangeiras em renda fixa subiu de 2% para 6%.
Segundo o Banco Central, o Brasil continua atraindo dólares para a Bolsa de Valores e em investimentos diretos, que não pagam IOF.
O governo vem cobrando uma ação coordenada entre as principais economias que evite a valorização "exagerada" de algumas moedas, como no caso do real.
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