O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) deve encerrar abril com alta de 0,15% a 0,20%, segundo previsão do coordenador Paulo Picchetti. "Apesar do resultado surpreendente de março (0,12%) o IPC está mais para 0,20% do que para 0,12%", avaliou o economista. De acordo com ele, a inflação de abril deverá sofrer impacto de 0,01 ponto porcentual da alta dos preços de cigarro da marca Philips Morris, anunciada depois que a Souza Cruz já havia elevado seus preços. Também receberá a contribuição de 0,01 ponto porcentual do avanço dos preços de telefonia e 0,07 ponto porcentual do aumento de remédios. Segundo cálculos de Picchetti, o impacto da alta dos preços de medicamentos apenas será absorvida pelo IPC a partir de 15 de abril, após os laboratórios distribuírem suas listas de preços. Assim, apenas metade do reajuste de 5,7% será incorporada à inflação neste mês. A outra metade será verificada em maio. Desta forma, o índice já acumula antecipadamente alta de 0,09 ponto porcentual. O restante do avanço será de responsabilidade dos produtos industrializados, os quais devem manter variação positiva nas próximas quadrissemanas, na avaliação do economista.