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IPC fica dentro do que o mercado esperava

A divulgação do IPC referente à primeira quadrissemana de fevereiro pode melhorar o ânimo dos mercados hoje, já que o porcentual, de 0,34%, ficou dentro do esperado pelos analistas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Atentos ao cenário externo, os investidores também têm motivos para estar com os olhos voltados para o mercado interno nesta sexta-feira. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), referente à primeira quadrissemana de fevereiro. O índice ficou em 0,34%, dentro do que analistas estavam esperando, que era entre 0,30% e 0,56%. A inflação tem sido observada com atenção pelos investidores, dado que a política monetária do governo toma como base o cumprimento das metas de inflação. Neste ano, a meta é de 3,5%, com possibilidade de alta ou baixa de dois pontos porcentuais. Com a inesperada alta dos índices de inflação em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou estável a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 19% ao ano na reunião do mês passado. O Comitê reúne-se novamente na próxima semana para reavaliar a taxa Selic. A maioria dos analistas aposta que a postura conservadora do Comitê será mantida, pois ainda não há sinais suficientes de que a inflação está recuando. Com isso, a Selic ficaria estável em 19% ao ano por mais um mês. Vale lembrar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é usado como referência para a meta de inflação. Em janeiro, o IPCA ficou em 0,52%, abaixo do resultado de dezembro do ano passado, quando apresentou elevação de 0,65%. Porém, o número é considerado elevado dentro da atual meta de inflação, o que justificaria a manutenção da Selic no atual patamar. Juros em alta prejudicam negócios na Bolsa O mercado de ações acaba sendo prejudicado por um cenário com altas taxas de juros. Isso porque o investidor consegue rendimentos altos em aplicações atreladas às taxas de juros, sem ter que correr o risco do mercado de ações. Analistas também ressaltam que as altas de juros dificultam o crescimento econômico do País, um dos fatores essenciais para um desempenho positivo do mercado acionário. O resultado disso é que não há entrada de recursos novos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e, dependendo das incertezas, muitas vezes há migração de investidores da Bolsa para o mercado de renda fixa. O baixo volume de negócios na Bovespa expressa esta situação. Em janeiro, a Bolsa registrou um volume financeiro de US$ 4,48 bilhões. Esse valor representa uma média diária de US$ 214 milhões - resultado 30,38% abaixo da média diária obtida em dezembro do ano passado, de US$ 306 milhões. Em relação ao desempenho, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acumula uma alta de 4,12%. Mas o resultado é ainda insuficiente para compensar a queda das ações nos últimos meses. Para se ter uma idéia, nos últimos 365 dias, a Bovespa amarga uma perda de 22,63%. Cenário externo Além da preocupação com a inflação e a tendência para as taxas de juros no Brasil, os investidores permanecerão atentos ao cenário externo. A Argentina continua na dependência de recursos externos para atravessar a forte crise e retomar a confiança dos investidores. Mas, em troca disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) exige um plano econômico austero para corte de gastos e um orçamento muito enxuto para este ano. A Venezuela também chama a atenção dos investidores. O país abandonou o regime de bandas para o câmbio, mas faltam medidas econômicas para que o país atravesse esta fase de mudanças no sistema cambial. Veja mais informações sobre o cenário externo nos links abaixo. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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