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IPC-S fecha semana em alta de 0,69%

Educação e transporte foram os maiores responsáveis pelo aumento

Por Josué Leonel e Alessandra Saraiva
Atualização:

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas, subiu 0,69% na última semana, pressionada pelos grupos transporte e educação, leitura e recreação. No índice anterior, divulgado no último dia 8, o aumento foi de 0,68%. A alta só não foi maior por causa da desaceleração de preços do grupo alimentação, que deve compensar a inflação sazonal da educação e dos transportes, de acordo com o coordenador do índice, Paulo Pichetti. A alta de preços do grupo educação, leitura e recreação subiu de 0,84% na semana anterior para 1,83%. Já o grupo transportes acelerou de 0,82% para 0,89%. Segundo a FGV, o que mais contribuiu para esse tipo de movimentação, nas duas classes de despesa, foi o avanço nos preços em cursos formais (de 0,88% para 2,81%) e em tarifa de ônibus urbano (de 1,48% para 1,58%), respectivamente. Dos sete grupos nos quais o índice da FGV se baseia, porém, apenas os dois já citados tiveram alta. O restante dos grupos registrou desaceleração de preços. Entre todos os produtos, as quedas mais expressivas ocorreram nos preços do limão (-42,66%), feijão carioquinha (-7,52%) e acém (-5,15%). De acordo com Picchetti, o grupo alimentação ainda responde pelo maior impacto da inflação, de 0,18 ponto porcentual, ante 0,14 ponto da educação - mas já contou com movimentos benéficos de alguns preços que estavam até sendo classificados como vilões nos levantamentos mais recentes da FGV. "A alta de hortaliças e legumes passou de 9,82% para 6,26% e a contribuição desse segmento para o IPC-S caiu 0,10 ponto porcentual, para 0,18 ponto", exemplificou. CONSTRUÇÃO Para especialistas, a construção civil deve dar este ano uma grande contribuição para manter a inflação em níveis mais baixos. Após atingir o auge em 2008, a inflação do setor deve diminuir de ritmo e cair quase pela metade. Analistas avaliam que a trajetória de preços na construção pode voltar a atingir os níveis de 2006 e 2007, quando subiram cerca de 6%. No âmbito do Índice Nacional de Custo da Construção - Disponibilidade Interna (INCC-DI), os preços no setor subiram 11,87% em 2008, com influência do aquecimento do setor. Este ano, o cenário é diferente. "Agora, o mercado imobiliário deu uma parada nos novos projetos", disse o diretor executivo do Sinduscon-Rio, Antonio Carlos Mendes Gomes.

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