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IPCA-15 acelera e sobe 0,43% em abril

Apesar da alta mais forte em abril, o índice acumlado em 12 meses ficou em 5,5%, ou seja, abaixo do teto da meta de inflação

Por Daniela Amorim (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,43% em abril, após subir 0,25% em março. O resultado, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,24% e 0,48%, mas acima da mediana projetada, de 0,37%.

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Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula altas de 1,87% no ano e de 5,25% nos últimos 12 meses, até abril.

O aumento de preços nos grupos Habitação e Despesas Pessoais foram os principais responsáveis pela aceleração da alta na inflação medida pelo IPCA-15 em abril.

O grupo habitação saiu de uma variação positiva de 0,44% em março para 0,75% em abril, enquanto despesas pessoais passaram de 0,60% para 1,43%, no período. Juntos, os dois grupos responderam por 58% do IPCA-15 no mês, o que representa um impacto de 0,25 ponto porcentual no total - 0,14 ponto porcentual relativo a Despesas Pessoais e 0,11 ponto porcentual referente a Habitação.

Em Despesas Pessoais, os destaques foram o cigarro (de 0,00% em março para 5,56% em abril), devido ao reajuste médio de 25% a partir do dia 6 de abril, em antecipação à mudança na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cigarros, que vigora a partir de 1º de maior. Ainda no grupo, empregado doméstico (de 1,38% para 1,87%), foi o maior impacto individual no mês, de 0,07 ponto porcentual. Já os serviços de cabeleireiro (de 0,23% para 1,86%) e manicure (de 0,23% para 1,29%) também pressionaram o resultado.

No grupo Habitação, houve pressão do aluguel residencial (de 0,45% para 0,82%), condomínio (de 0,48% para 1,01%), mão de obra para pequenos reparos (de 1,03% para 1,31%), artigos de limpeza (de 0,46% para 0,95%), água e esgoto (de 0,19% para 1,60%), na mesma base de comparação. A alta nas contas de água e esgoto foi decorrente do reajuste de 11,17% em Brasília, vigente desde 1º de março, além do aumento de 16,50% ocorrido em Curitiba a partir do dia 21 do mesmo mês.

Grupos

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Seis dos nove grupos de despesas que compõem o IPCA-15 registraram aceleração da alta em suas taxas de variação de preços na passagem de março para abril, informou o IBGE.

Houve inflação mais forte ou mesmo fim de deflação, no período, nos grupos Alimentação e Bebidas (de 0,22% para 0,31%); Habitação (de 0,44% para 0,75%); Vestuário (de 0,16% para 0,49%); Comunicação (de -0,49% para 0,24%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,54% para 0,62%) e Despesas Pessoais (de 0,60% para 1,43%), no âmbito do IPCA-15.

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais, a alta nos medicamentos (de 0,47% para 0,48%) ocorreu em razão do reajuste ocorrido a partir de 31 de março. Houve aumentos também nos serviços médicos e dentários (de 0,79% para 1,30%) e serviços laboratoriais e hospitalares (de 0,36% para 0,81%).

No grupo Comunicação, as ligações de telefone fixo para móvel voltaram ao valor anterior, eliminando a redução de 10,78% concedida pela Anatel em 24 de fevereiro. Houve concessão de uma liminar, em março, a uma das operadoras, informou o IBGE.

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Já os artigos de Vestuário voltaram a subir, com a entrada da nova coleção. Os preços dos alimentos também avançaram, em razão, principalmente, do feijão carioca (de 0,81% para 6,74%), pescados (de 1,67% para 3,73%), ovo (de 1,88% para 3,36%), óleo de soja (de 0,82% para 2,66%), refeição fora de casa (de 0,06% para 0,67%) e leite longa vida (de -0,15% para 0,45%), também na mesma base de comparação.

Em contrapartida, o destaque de queda foi o item carnes (de -1,57% para -1,59%), representando o mais intenso impacto negativo da taxa neste mês, de -0,04 ponto porcentual.

O grupo artigos de residência também aprofundou a queda na passagem de março para abril, de -0,31% para -0,52%, enquanto os Transportes reduziram a alta, de 0,11% para 0,05%, e Educação saiu de +0,51% para +0,05%.

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